PARTE I
Como vem sendo habitual neste espaço, o fim da temporada trás consigo a análise dos números finais em jeito de balanço à performance portista ao longo da temporada.
Comecemos pois pelo princípio, que trouxe ao convívio azul e branco novas caras, novas apostas e novas ambições. Pinto da Costa voltou a surpreender ao escolher para responsável técnico um treinador pouco conhecido e com pouca experiência, apostando em Julen Lopetegui, com um currículo ainda escasso (ver aqui).
O plantel conheceu alterações significativas com entradas e saídas de jogadores. Em termos de entradas, foram contratados 16 novos atletas:
Destes nem todos ficaram no plantel principal, havendo mesmo quem tivesse saído por empréstimo (Sami, Opare e Otávio).
Julen Lopetegui dispensou alguns atletas da temporada anterior e dos mais cobiçados, Mangala e Fernando foram os que não resistiram e abalaram para terras de Sua Majestade, deixando nos cofres portistas uma boa maquia.
Realce para Sami que nem sequer aqueceu o lugar. Acabado de contratar, fez a pre-época e recebeu guia de marcha.
Na cerimónia de apresentação ainda apareceram Kelvin, dispensado no mercado de Inverno ao Palmeiras, bem como outras figuras da equipa B (ver aqui).
O técnico basco começou por fazer algumas experiências, para conhecer as características dos seus jogadores, imprimindo alguma rotatividade, que terá sido (ou não) responsável pela perda de alguns pontos. O futebol de circulação e posse de bola, tão ao gosto do técnico, foi sendo enraizado, mas erros primários e comprometedores acabaram por atraiçoar todos os objectivos. Foi assim frente ao Benfica, no Dragão, que custou a derrota por 0-2, depois de uma exibição bastante positiva e que acabaria por ser determinante no final das contas; Foi assim frente ao Sporting, também no Dragão, para a Taça de Portugal, com derrota clamorosa por 1-3, implicando a eliminação prematura da prova; Foi também assim na Madeira, contra o Marítimo, no jogo da meia-final da Taça da Liga, com a derrota por 2-1; E foi ainda assim nos quartos de final da Champions League, em Munique, com uma goleada das antigas (6-1), na sequência de falhas clamorosas.
É verdade que a equipa fez uma segunda volta do Campeonato mais regular, com algumas boas exibições e bons resultados, mas na hora de aproveitar as escorregadelas da equipa do regime, não as soube capitalizar e acabou o campeonato com a desvantagem de três pontos, por muita culpa própria, mas também pelo colinho da APAF, que acabou, em termos concretos, por influenciar decisivamente a atribuição do título nacional.
(Continua)
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