FICHA DO JOGO
O FC Porto cumpriu os mínimos exigidos que era ganhar e adiar a festa mourama até ao limite. Nota-se no entanto que as performances da maioria dos futebolistas portistas é marcada por algum conformismo, cientes que o rumo do campeonato está há muito traçado e não vão ser estes últimos jogos a modificá-lo.
Os Dragões, com o onze previsível, ainda que da minha parte estivesse à espera de Tello em vez de Quaresma, até entrou bem na partida, obrigando o Gil Vicente a acantonar-se no último terço do relvado.
O pendor atacante dos azuis e brancos rendeu uma grande penalidade sobre Jackson Martinez, aos 11 minutos, que Quaresma desperdiçou, mas que o colombiano corrigiu, no minuto seguinte e na sequência desse lance, cabeceando com êxito, após cruzamento do próprio Quaresma.
O FC Porto continuou à procura de mais golos e aos 16 minutos Herrera obrigou Adriano a uma enorme defesa, depois de um cabeceamento frontal. Aos 26 foi Danilo a aparecer dentro da área a disparar à figura do guardião minhoto.
O jogo foi decaindo de qualidade e o Gil, aos 33 minutos quase empatava, num lance de bola parada, marcado para o interior da área, onde Martins Indi se deixou antecipar e permitiu o remate de cabeça perigoso que saiu a milímetros do poste direito de Helton, completamente batido.
Aos 40 minutos, numa altura de mau futebol, Brahimi sofreu falta dentro da área, merecedora de novo castigo máximo, mas Bruno Esteves, o artista do apito desta noite, achou que dois era de mais, isso só para outras bandas.
O intervalo chegou com a noção de que seria necessário injectar mais ambição e apelar aos jogadores portistas maior concentração, discernimento e eficácia, para que o resultado se dilatasse.
Foi o Gil Vicente que abriu as hostilidades com um remate perigoso à passagem do minuto 53, que Helton, atento, desviou para canto.
Dois minutos depois, Rúben Neves que tinha entrado para o lugar do amarelado Casemiro, atirou uma bomba que assustou Adriano que só viu a bola passar com violência e bater nas malhas superiores da sua baliza, mas do lado de fora.
Aos 62 minutos foi Quaresma a falhar o remate de cabeça, em posição privilegiada para fazer o segundo golo. A bola saiu ao lado. Três minutos depois Brahimi, depois de muitos rodopios e muita hesitação, lá rematou mas Adriano atento defendeu.
Os Dragões procuravam o golo afincadamente mas nem sempre nas melhores condições. Aos 72 minutos nova oportunidade falhada. Canto da direita do ataque portista, bola na cabeça de Maicon a desviar para o 2º poste e Martins Indi, à vontade a rematar de pé esquerdo, levando a bola a embater no poste mais próximo. Pura aselhice! Alguns segundos depois foi Evandro a aparecer solto de marcação, isolado frente ao guardião minhoto, rematando de cabeça, mas a bola foi caprichosamente bater no poste.
Estava difícil acertar nas redes do Gil Vicente! Mas, diz o ditado popular que quem porfia sempre alcança. Assim foi. Canto na direita apontado por Quaresma, atrasando para Danilo que lhe devolveu o esférico, obrigando a defesa Gilista a perder as marcações, cruzamento do Harry Potter para o coração da área, Jackson recebeu de lado para a baliza, a bola subiu e o colombiano decidiu rapidamente aplicar um pontapé de bicicleta, obtendo mais um golo espectacular. Prémio merecido para um jogador que foi sempre uma gazua na procura dos golos.
Vitória certa por números curtos, numa exibição com altos e baixos, muitos minutos de ritmo baixo, futebol com demasiados passes para trás e muito pouca eficácia.
OFF-TOPIC
Imagem que ilustra bem a «pancadaria» num dos treinos da semana, profusamente divulgado no Face Book, por um conjunto de portistas de trazer por casa. É caso para cantar aquele refrão brasileiro "ALÔ, ALÔ TERESINHAS, AQUELE ABRAÇO!"
Sem comentários:
Enviar um comentário