II PARTE
Como de costume, a participação do FC Porto na Taça de Portugal começou em Outubro, na 3ª Eliminatória da prova, momento em que as equipas do escalão principal se juntam às equipas sobreviventes dos restantes escalões.
Quis o destino que o Sporting visitasse o Dragão, jogo antecedido de uma série de provocações dirigidas pelos responsáveis leoninos, em particular do seu presidente, a pedir claramente uma resposta contundente em campo. Porém, o que se assistiu foi a um Dragão sem orgulho, sem organização, sem ambição, sem criatividade, completamente anulado por um adversário teoricamente inferior, mas que foi capaz de assumir o comando do jogo, acabando com um triunfo retumbante (1-3), eliminando prematuramente os portistas de uma prova que pretendia ganhar.
O desempenho portista deixou muito a desejar, com erros primários que custaram pelo menos dois dos golos sofridos, falharam uma grande penalidade, demonstrando impreparação e falta de estudo do adversário.
Também na Taça da Liga o final não foi feliz. A equipa até fez uma boa fase de grupos, cedendo apenas um empate, em Braga, num jogo épico, onde os segundas linhas se bateram com raça, depois de ficarem reduzidos a nove elementos.
Na meia final da prova os azuis e brancos voltaram a claudicar no Funchal, frente ao Marítimo, perdendo por 2-1, depois de terem conseguido colocar-se em vantagem no marcador. Foi mais um jogo em que o acumular de erros primários ditaram o destino da eliminatória e o fim da prova para o FC Porto.
A parte mais conseguida da época foi na prova rainha do futebol europeu, a Champions League, onde realmente o FC Porto teve uma participação à altura dos seus pergaminhos.
Teve de se submeter a um Play-Off de qualificação, no início da época, eliminando a equipa francesa do Lille e depois, no Grupo H, acabou na liderança, sem derrotas, passeando classe pela Europa, com exibições colectivas e individuais de encher o olho. A passagem aos oitavos-de-final, foi garantida no final da 4ª jornada, duas antes do fecho das contas do Grupo, com a vitória portista em Bilbau, por 2-0.
Depois veio o FC Basel, de Paulo Sousa, eliminatória que o FC Porto dominou de forma clara e nas meias-finais, o colosso Bayern de Munique. Os Dragões voltaram a mostrar competência e classe no jogo da 1ª mão, no Dragão, mas em Munique, a equipa baqueou de forma estranha, consentindo uma goleada já em desuso.
Em todo o caso, no geral o FC Porto passou uma imagem bem positiva do futebol que é capaz de praticar. Pena a única derrota ter sido tão facilitada.
(CONTINUA)
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