domingo, 17 de março de 2013

MARÇO MARÇAGÃO NA QUEDA DO CAMPEÃO















FICHA DO JOGO

























Março tem-se revelado, para o FC Porto, um mês fatídico, de queda livre, em termos de resultados e exibições. Começou com o empate desolador em Alvalade, frente ao Sporting mais fraco das últimas décadas, seguiu-se a frágil exibição, no Dragão frente ao Estoril, que apesar da vitória, não deixou de evidenciar dificuldades, depois foi a surpreendente eliminação da CL, em Málaga, com mais uma exibição confrangedora e para terminar, novo deslize, agora nos Barreiros, onde os Dragões não foram além de um empate num jogo que era obrigatório vencer. 

Hoje, o FC Porto confirmou o mau momento que atravessa, com mais uma exibição cinzenta, sem chama, sem inspiração, sem entusiasmo, sem força física nem anímica, em síntese, sem estofo.

A equipa parece espremida, desgastada e incapaz de criar a dinâmica necessária para obrigar o adversário a abrir espaços. A jogar a duas velocidades (devagar e devagarinho), os azuis e brancos facilitaram a tarefa adversária, que deste modo, se organizaram bem na defesa e ainda tiveram tempo para, de vez em quando, levar o pânico à área portista.

Pertenceu ao Marítimo a primeira jogada de perigo, mas foi o FC Porto o primeiro a marcar. Defour foi à linha de fundo, levantou a cabeça, cruzou com peso conta e medida para o coração da área, James Rodríguez recebeu bem a bola e disparou colocado, dando vantagem aos bi-campeões nacionais. Quatro minutos depois, o Marítimo repôs a igualdade. Briguel sob o flanco direito cruzou para a área portista, Mangala no momento do salto escorregou, permitindo a Suk receber a bola, ainda que defeituosamente já que a bola lhe fugiu para a frente,  perante a passividade de toda a defensiva, incluindo a de Helton que reagiu tardiamente, permitindo ao avançado chegar primeiro à bola e desvia-la para a baliza.





















O jogo prosseguiu com as mesmas características, sem grandes realces até ao intervalo.

Depois do intervalo o Marítimo surgiu mais ambicioso e ameaçador. Helton desfez dois lances de golo eminente, redimindo-se de algum modo do golo em que foi co-responsável.

O mau momento portista não se ficou por aqui. Danilo foi rasteirado dentro da área de rigor e o árbitro João Capela assinalou de pronto a respectiva penalidade. Jackson atirou denunciado e permitiu a defesa, gorando-se a maior oportunidade portista para construir a vitória, que acabou por lhe fugir, castigando de forma justa a imperícia do seu fraco futebol.

Mais um queda comprometedora que coloca o FC Porto numa posição ainda mais complicada na sua tentativa de revalidar o título, porque a partir desta jornada já não dependerá apenas de si próprio.

4 comentários:

  1. Terapia psicológica e física precisa-se.
    Os golos determinam o resultado de um jogo de futebol. As bolas que não entram, não contam; verdade irrefutável de que se pode queixar o FC Porto no Funchal – nem um penalti foi convertido em golo…!
    Esta falta de materialização das oportunidades, traduz o estado anímico de uma equipa. E, mais do que falar do jogo, é importante abordar a situação actual. Os jogadores estão psicologicamente de rastos. A eliminação ante o Málaga será uma das causas, pois a fasquia (colocada demasiado alto?) não foi transposta para os quartos-de-final da Champions. Mas o Campeonato é outro teatro e os protagonistas deviam superar o fracasso. Que fazer no seio da equipa? Os responsáveis devem saber… Enquadramento e apoio psicológico precisa-se; uma “consulta” adequada faz falta para melhorar animicamente. Sob pena de o Campeonato estar irremediavelmente perdido. Estamos a dar tiros nos pés e o adversário rival não desarma. O FC Porto colocou-se numa posição em que já não depende de si mesmo. É frustrante, porque há 3 jornadas estávamos em vantagem… O treinador é o mesmo, os jogadores são os mesmos; a questão é sobretudo de ordem anímica e física. Neste particular há jogadores que não podem com uma gata pelo rabo (!)…
    Voltando ao jogo: houve exibições miseráveis entre as quais as de Varela e Jackson. Também acho que Lucho não fez um jogo aceitável. Correu muito, mas falhou 90% dos passes. Muito mal, quanto a mim. No fundo, a amostra do que se disse acima e reflectindo o estado geral da equipa.
    O Campeonato está a sete jornadas do final; há muito para jogar; mas será que ao FC Porto ainda restam hipóteses para chegar ao título? Hummm! O “Tri” está em risco!

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  2. Na altura decisiva da época, em que devíamos estar no máximo, não estamos e pior, para além da ansiedade e do nervosismo que tira discernimento, ainda damos tiros nos pés e falhamos penalties que podiam fazer a diferença.

    Abraço

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  3. Boas,

    Na sequencia do jogo com o Malaga o FCP Voltou a jogar a passo e sem ideias para chegar mais perto da baliza adversaria. Sem Moutinho e Lucho a falhar nos passes de rotura, o Porto foi ineficiente no sitio nevralgico, que é o meio campo.
    A lesão de Atsu que poderia ser o elemento de rutura e Jackson a falhar o 3º penalty, mais dificil se torna.
    Agora dependemos de 3os e a 7 jornadas do final, mais ainda com o nivel fraco de futebol que apresentamos a tarefa de tri está complicadissima.

    Um abraço

    http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt

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  4. Subscrevo totalmente. Devíamos por esta altura estar nos quartos de final e em primeiro lugar na liga não fossem as exibições e resultados fraquíssimos destas ultimas 2/3 semanas. Belo bonus para o Benfica, afinal já são 4 os pontos de vantagem. E o Porto este ano arrisca-se a não ganhar nada (a Taça da Liga não conta).

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