Fernando Gomes - 45º internacional: Estreou-se pela Selecção nacional A em 9 de Março de 1975, com uma vitória por 2-1, frente à Selecção de Goiás, um Estado brasileiro, num jogo particular disputado na Goiânia. Representou a Selecção Portuguesa por 48 vezes, ao serviço da qual marcou 13 golos. Fez parte da Selecção que participou na fase final do Campeonato do Mundo de 1986, no México.
Atleta proveniente das camadas jovens, cedo começou a vestir de azul e branco. O seu nome está associado a alguns dos maiores feitos do FC Porto, o Clube que ama e serviu (ainda serve, agora noutras funções) com devoção.
Goleador dos mais talentosos que pisaram os relvados mundiais, emérito cabeceador, mas também exímio rematador com ambos os pés, possuidor de sentido de oportunidade e posicional, frieza, espontaneidade no remate e capacidade técnica raros, fizeram dele um dos melhores pontas de lança de todos os tempos do futebol português.
Para além dos Dragões, representou ainda o Sporting de Gijon (Espanha) e o Sporting Clube de Portugal.
No F.C. Porto foi campeão nacional por cinco vezes, tendo ganho ainda uma Taça dos Campeões Europeus, uma Supertaça Europeia, uma Taça Intercontinental e três Taças de Portugal.
Marcou 318 golos no campeonato português, 288 dos quais pelo FC Porto, sendo o maior goleador de sempre e uma das mais populares figuras deste Clube. Ganhou seis vezes o troféu de melhor marcador nacional e foi por duas vezes o melhor marcador europeu, ganhando por isso a alcunha de «Bi-Bota de Ouro».
Octávio Machado - 46º internacional: Vestiu a camisola portuguesa por 20 vezes (10 pelo Vitória de Setúbal e 10 pelo FC Porto). Jogava no Vitória quando se estreou pela Selecção nacional, em 21 de Novembro de 1971, frente à Bélgica, com um empate (1-1), em Lisboa, jogo a contar para o Campeonato da Europa.
Vinculado ao FC Porto desde 1975/76, continuou na Selecção nacional, tendo realizado o seu primeiro jogo, em 12 de Novembro de 1975, frente à Checoslováquia, no Porto, com idêntico resultado ao da estreia (1-1).
O «Palmelão» acompanhou as grandes mudanças no Clube, protagonizadas por Pinto da Costa e José Maria Pedroto, participando na conquista da Taça de Portugal (1976/77) e na quebra do longo jejum do título nacional, ao fim de 19 anos (1977/78).
Arsénio Rodrigues Jardim (Seninho) - 47º internacional: Quatro vezes internacional, estreou-se frente à Itália, com derrota por 3-1, num jogo amigável disputado em Turim, a 7 de Abril de 1976.
Angolano de nascença, ingressou no FC Porto em 1969, acabaria por ser prejudicado por uma comissão militar obrigatória, que cumpriu na terra onde nasceu. Regressou em 1974, constituindo a «arma secreta» do treinador brasileiro Aymoré Moreira e o «talismã» de Pedroto.
Foi um dos principais responsáveis por uma surpreendente e fantástica eliminação do Manchester United, da Taça dos vencedores das Taças. O protagonismo aí evidenciado valeu-lhe um contrato milionário para jogar no lendário Cosmos, dos E.U.A.
Venceu a Taça de Portugal em 1976/77 e os Campeonatos nacionais de 1977/78 e 1978/79.
Luís de Matos (Celso) - 48º internacional: Três vezes internacional, realizou o jogo de estreia em 16 de Outubro de 1976, no Porto, frente à Polónia, com derrota por 2-0, em jogo de qualificação para o Campeonato do Mundo.
Foi o primeiro jogador brasileiro a naturalizar-se para jogar na nossa Selecção. Considerado um dos melhores trincos do futebol português, Pedroto trouxe-o do Boavista para representar o FC Porto, no ano em que ambos transitaram para o nosso Clube.
Foi campeão nacional em 1977/78.
(Continua)
Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.
Continuação de grande trabalho, digno de apreço e ficará como documento de consulta e registo, à posteridade, por certo.
ResponderEliminarUma nota, apenas: O Celso, foi efectivamente o 1º brasileiro do F. C. Porto que foi à selecção portuguesa, contudo o 1º a nível nacional foi o Lúcio, um brasileiro que jogou no Sporting na década de 50.
Quando vejo a foto do lacrau até fico doente...
ResponderEliminarCelso, era luso-brasileiro, que Pedroto trouxe do Boavista e rivalizava com o Rodolfo. Um trinco muito certinho, mas com pouco raio de acção.
Lacrau, passo...
Séninho, glória em Manchester e 12º jogador nas épocas da reconquista, 1977/78/79.
Gomes, um goleador de excepção, mal tratado na selecção, a benfiquite aguda só dava Nené e Jordão, que depois de andar fugido, regressou a sua casa.
Um abraço