FICHA DO JOGO
O FC Porto não conseguiu mais uma vez aproveitar a escorregadela do líder do campeonato e voltou a esbanjar pontos, na recepção ao Vitória SC, não indo além de um empate.
O treinador argentino Martín Anselmi, tendo em conta as duas exclusões obrigatórias (João Mário e Néhuen Pérez a cumprir castigos por limite de cartões amarelos) e alguma gestão do plantel, por via do jogo anterior em Roma, fez cinco alterações no onze titular. Zé Pedro, Tomás Pérez, Gonçalo Borges, Danny Namaso e Rodrigo Mora, surgiram nos lugares de João Mário, Tiago Djaló, Néhuen Pérez, Stephen Eustaquio e Samu Aghéhowa.
Face à conjuntura actual, não era suposto a equipa portista apresentar um futebol capaz de agradar à imensa multidão que acorreu a mais um jogo no Dragão, parte da qual, provavelmente com a intenção de prestar mais uma homenagem à memória de Pinto da Costa.
Mas por incrível que pareça, a equipa rubricou, em minha opinião, o jogo mais positivo dos últimos meses. Um futebol com mais critério na construcção ofensiva, desde logo conferindo uma ligação mais fluída, com menos passes perdidos e por isso, mais posse, melhores jogadas de entendimento e mais e melhores chegadas à área adversária, mas aí continuaram os problemas, as atrapalhações e as hesitações, a estragarem o que de positivo estava a ser construído.
Foi uma primeira parte agradável de seguir, até certo ponto, já que no capítulo do remate a mediocridade habitual voltou a fazer-se sentir, excepto numa jogada, aos 40 minutos, em que Namaso apareceu com rara oportunidade em zona de finalização, evitou com frieza e classe um adversário e atirou para o golo. Contudo não valeu por ter sido apanhado em fora de jogo.
Apesar da segunda parte ter começado com algum domínio do FC Porto, a equipa azul e branco começou a resvalar para a vulgaridade defensiva que a vem tolhendo, o Vitória ameaçou e marcou mesmo, aos 54 minutos, mas felizmente também foi anulado por fora de jogo.
Aos 67 minutos Fábio Vieira, remou contra a maré e apontou um golo espectacular, num remate em arco, a colocar os Dragões na frente do resultado.
Era então necessário procurar o segundo golo mas com alguma segurança defensiva que o FC Porto nunca conseguiu garantir. Anselmi fez substituíções nesse sentido, mas a equipa continuou intranquila e a dar muitas abébias no seu último reduto.
O Vitória tomou conta do jogo, conquistou uma série de cantos sucessivos e começou a pairar a ideia do empate. Empate que viria mesmo a surgir de forma algo demonstrativo de alguma desorientação e desorganização. Livre favorável apontado por Alan Varela para a área vimaranense, bola aliviada de qualquer maneira e a ficar disputada por vários jogadores portistas, de forma confusa e atabalhoada. Ressalto em Eustaquio ainda para além do círculo central, com os defesas portistas todos adiantados, sem qualquer preocupaçãp defensiva. Bem, o resto foi o descalabro. Cavalgada de Umaro Embaló até à área de Diogo Costa e bola no fundo das redes, e mais dois pontos a voar.
Nada de grave, até porque os da frente apesar de irem perdendo pontos, o FC Porto já não é candidato há algumas jornadas. Eu sei que só há 6 pontos de diferença, mas esta equipa não tem estaleca. Vamos ver se consegue garantir o terceiro lugar, como na temporada anterior.
Desde que não seja a 18 pontos do líder, tudo bem, lá dirão os cadeiristas.
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