FICHA DO JOGO
SISTEMA TÁCTICO
O FC Porto perdeu uma oportunidade de ouro de sair do Municipal de Braga com uma vitória clara, num jogo em que esteve por cima durante quase todo o encontro, acabando por ceder nos dez minutos finais, muito por culpa de uma expulsão injusta que originou uma desestabilização quase irracional.
O onze titular apresentou quatro alterações, relativamente ao jogo anterior, com os regressos naturais de Jesús Corona, Marega e Luis Díaz e a surpresa Malang Sarr.
Numa partida entre dois candidatos ao título aconteceu o que se esperava, ou seja, um jogo muito disputado, bastante competitivo, mas com a natural supremacia dos campeões nacionais que foram os primeiros a apresentar argumentos para se adiantarem no marcador (Taremi 7').
O Braga respondeu aos 10 minutos por Abel Ruíz. Luis Díaz ameaçou três minutos depois e aos 36 minutos o primeiro golo do encontro. Marega foi derrubado dentro da área, o árbitro não assinalou mas foi notificado pelo VAR. Soares Dias foi ver no monitor, acabando por reverter a sua primeira decisão. Sérgio Oliveira, com a frieza e classe que o caracterizam, não perdoou.
Antes do intervalo Taremi voltou a ameaçar, cabeceando com a bola a sair muito rente ao poste.
No segundo tempo o FC Porto continuou a procurar o golo e numa jogada de inspiração de Corona pela esquerda, assistiu Taremi para um remate indefensável (54').
O jogo parecia resolvido, tanto mais que os Dragões dominavam e controlavam bem o seu adversário, até que Jesús Corona que havia sido castigado com um amarelo logo aos 5 minutos, por ter sido pisado por Raul Silva!!!! acabou expulso aos 60 minutos por uma entrada bem mais suave do que as milhares que vem sofrendo jogo a jogo.
Aos azuis e brancos, em inferioridade numérica, pedia-se que encarassem a meia hora final com união, organização, cabeça fria e sobretudo inteligência. Foram conseguindo numa primeira fase, mas a pouco e pouco essa postura foi-se perdendo de forma trágica, perdendo facilmente a bola, recuando em demasia no terreno e desperdiçando de forma ridícula os lances de contra ataque.
Disso se aproveitou o SC Braga que chegou ao empate com facilidade. Marchesín ficou mal na fotografia no primeiro, deixando a bola passar-lhe por debaixo do corpo e depois foi Pepe a oferecer a bola para o cruzamento fatal.
Empate num jogo que tinha tudo para dar vitória, mesmo com as habituais interferências dos apitadores que gozam de toda a impunidade.
Uma nota final para o nosso treinador Sérgio Conceição que voltou a ser expulso por não conseguir dominar a sua justa indignação. Sei que não é fácil ter que levar jogo a jogo com a incompetência, a desonestidade, a prepotência, a estupidez, enfim o que lhe quiserem chamar, de quem deveria ser o paladino da verdade desportiva e ficar impávido e sereno no seu canto, mas depois de tanto castigo, acho que tem de fazer o esforço para se conter. Ele tem a obrigação de dar o exemplo aos seus jogadores. Treinador é para treinar, jogadores são para jogar. A justa indignação deve ser tratada nos locais próprios e por quem de direito.
Justa indignação.
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