A selecção nacional portuguesa entrou neste Mundial bafejada pela sorte, pela inegável classe de Cristiano Ronaldo e ainda pelo desacerto defensivo dos espanhóis, garantindo um empate perto do fim, num jogo dominado quase completamente pelo categorizado adversário, que pecou pelo desperdício de oportunidades e pelo frango de De Gea.
O seleccionador nacional, Fernando Santos fez uma pequena revolução na escolha dos 23 atletas, relativamente ao plantel que apresentou na fase final do Campeonato da Europa/2016. Eduardo (GR), Vieirinha, Ricardo Carvalho, Eliseu, Danilo Pereira, André Gomes, Renato Sanches, Rafa Silva, Nani e Éder, foram os preteridos, quer seja por opção técnica, lesão, fim de carreira ou outras.
Mudança bastante radical, consciente, mas sempre discutível, nesta ou naquela escolha. Ficaram de fora algumas figuras com valor para figurarem no plantel, mas obviamente não cabem todos.
FICHA DO JOGO
Neste primeiro confronto, logo contra o rival mais valioso, a selecção lusa foi uma caricatura daquilo que se espera dela. Entrou bastante bem no jogo, fez um golo cedo, mas rapidamente perdeu capacidades e durante quase todo o jogo foi subjugada pela maior capacidade do seu adversário.
As apostas nas estrelas emergentes, Bruno Fernandes, Bernardo Silva e Gonçalo Guedes, foi um fracasso já que os dois primeiros quase não tiveram bola e quando a tiveram rapidamente a perderam, incapazes de organizar ou romper. Já o último, movimentou-se bem, mas nos momentos cruciais mostrou a sua inexperiência, perdendo duas jogadas de contra-ataque, em superioridade numérica, perto da área espanhola, por deficiente definição.
Apesar de conseguir estar na frente do marcador por duas vezes durantea primeira parte, logo aos 4 minutos por grande penalidade clara cometida por Nacho sobre Cristiano Ronaldo, que este concretizou e depois aos 44 minutos num remate defensável de CR7, que De Gea deixou escapar entre as mãos, dando um frango monumental, Portugal só conseguiu dar um ar da sua graça na parte final do encontro, já com João Mário, Quaresma e André Silva em jogo.
A Espanha fica a dever a si própria este empate castigador, primeiro pela medíocre performance defensiva e depois pelo desperdício das diversas oportunidades que criaram.
Resta esperar que Portugal recupere bem para os próximos confrontos que não vão ser nada fáceis.
Sem comentários:
Enviar um comentário