sábado, 21 de janeiro de 2017

SONOLÊNCIA INADMISSÍVEL QUASE ACABAVA EM PESADELO
















FICHA DO JOGO






























No virar do Campeonato e com quatro pontos para recuperar em relação à equipa do regime, líder artificial da prova, o FC Porto recebeu a equipa do Rio Ave, agora comandado pelo conhecido Luís Castro, perante uma excelente plateia de 43.328 espectadores.

Era suposto a equipa entrar com o fato macaco e procurar rapidamente resolver a contenda a seu favor. Ao invés, os Dragões apresentaram-se de pijama e pantufas, atacados de forte sonolência que ocasionou jogadas bastante confusas, com futebol sem nexo, sem organização e completamente desconcentrado. Foram 15 minutos de inexplicável desorientação onde os portistas acumularam erros uns atrás dos outros, bem demonstrativos de como não se deve jogar futebol.

Miguel Layún foi a única alteração no onze titular, em relação ao jogo anterior, jogando no lugar do lesionado Maxi Pereira. E melhor fora que não tivesse sido utilizado já que a sua prestação foi deveras medíocre.
























A entrada dormente do FC Porto permitiu aos vilacondenses jogar no campo todo e dividir o jogo da forma mais natural que se possa imaginar. É verdade que nesse período não dispuseram de uma única real oportunidade de marcar, apesar de uma tímida ameaça de Roderick, que num cruzamento meteu mal a cabeça à bola, não constituindo qualquer perigo.

Só ao 16 minutos os azuis e brancos despertaram e criaram a sua primeira grande oportunidade de abrir o activo, com Jesús Corona a arrancar bem para a área mas a rematar defeituosamente, desperdiçando um golo quase certo.

Pouco depois, num livre marcado por Alex Telles, Felipe saltou mais alto que a concorrência e não perdoou, abrindo o marcador, numa altura em que os Dragões começavam a justificar a vantagem.






















Aos 21 minutos o FC Porto poderia até ter aumentado a contagem se Diogo Jota, apenas com Cássio pela frente e em posição frontal, tivesse tido a serenidade e classe para escolher o lado e atirar a contar, em vez do remate forte e precipitado para o ferro horizontal. Aliás Jota tem vindo a comportar-se nos últimos jogos como um i grego, tal o desacerto que vem evidenciando.

Pouco depois desta jogada a sonolência voltou a abater-se nos azuis e brancos, de forma que, depois de uma perda de bola absolutamente irresponsável de Layún, pela lateral, e da fraca oposição do mexicano, a permitir o cruzamento-remate, o Rio Ave chegou ao golo do empate também com a colaboração de Casillas, mal colocado na baliza, a meter os punhos à bola numa defesa de emergência, fazendo-a ressaltar para o centro da pequena área onde Guedes, livre de oposição, se limitou a encostar para o golo do empate.

Até ao intervalo a equipa portista andou à deriva, ansiosa, desorientada e sem talento.

A estadia nas cabines não foi suficiente para os jogadores azuis e brancos corrigirem o que não estava a correr bem. Corona já não reentrou, supostamente por se ter ressentido de um toque que o obrigou a assistência médica, entrando para o seu lugar André André, mas o futebol dos da casa continuou lento e sem nexo. Para piorar, Layún teve uma entrada  tão desastrada quanto escusada, provocando grande penalidade nas barbas do árbitro.

Roderick não teve dificuldades em colocar o Rio Ave em vantagem no marcador, batendo Casillas sem apelo nem agravo.

Os Dragões bem apoiados pelo seu público voltaram a acordar e recomeçaram à procura do golo do empate que surgiu em mais uma bola parada. Alex Telles a cobrar uma falta para a área contrária e desta vez Ivan Marcano a dar seguimento ao lance com cabeçada certeira, restabelecendo a igualdade.





















Embalada pelo entusiasmo das bancadas, a equipa azul e branca voltaria a festejar o golo de nova vantagem. Alex Telles a cobrar um canto na direita para Danilo Pereira cabecear com maestria e deixar o Dragão em efervescência.





















Parecia estar encontrada a fórmula para a equipa do FC Porto encarar o resto da partida com autoridade e empurrar o Rio Ave para o seu último reduto, mas infelizmente a bipolaridade dos azuis e brancos voltou a fazer-se sentir. A equipa comandada por Luís Castro nunca se rendeu, nunca baixou os braços e continuou a jogar olhos nos olhos. Se aos 85 minutos Diogo Jota obrigou Cássio a uma defesa vistosa, também Marcelo, dois minutos depois quase marcava.

O golo da confirmação surgiu na combinação de dois dos substitutos introduzidos por Nuno. João C. Teixeira desenhou uma excelente jogada pela esquerda, entrou na área, levantou a cabeça, cruzou para a entrada da pequena área onde Rui Pedro, de cabeça, apontou o quarto golo portista. Estava finalmente selada mais uma vitória importante.





















Destaque para Alex Telles, para mim o jogador VIP deste encontro. Esteve nos três primeiros golos e foi sempre um dos mais inconformados.

O negativo deste jogo vai mais uma vez para o fraco rendimento da equipa em momentos largos do jogo, a manifestar pouca personalidade e uma bipolaridade atroz. A jogar desta forma, mais cedo do que tarde os objectivos que ainda restam serão rapidamente uma miragem.

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