domingo, 10 de fevereiro de 2013

DESILUSÃO VEIO DE OLHÃO...

















FICHA DO JOGO

























O FC Porto não foi capaz, na noite de hoje, de voltar a rubricar uma exibição similar às dos dois últimos encontros.

Mérito do seu adversário, obviamente, que com a lição bem estudada conseguiu roubar espaços, tolher movimentos e provocar desacertos na máquina portista, que poucas vezes se entendeu com tamanha organização defensiva.

Também algum demérito da equipa azul e branca que hoje não foi capaz de tornear os obstáculos, muito por culpa da pouca fluidez do seu futebol, das constantes indefinições do último passe e sobretudo da imensa ineficácia no remate, responsável pelo desperdício de duas ou três magníficas ocasiões de golo a que se juntou o falhanço de uma grande penalidade.

O jogo começou mal para os Dragões, que se viram a perder a partir do 6º minuto, depois de uma perda de bola de Alex Sandro que a equipa algarvia transformou num contra-ataque bem conduzido e melhor finalizado por Targino.

O futebol praticado estava a ser tão medíocre que nem o S. Pedro gostou, escorraçando  todos os intervenientes para o balneário, à pedrada, em forma de granizo, por volta dos 17 minutos, por ordem do juiz da partida, o calvo Cosme Machado, não fosse as pedrinhas de gelo furarem-lhe os miolos.





















O reatamento não trouxe consigo um melhor desempenho. Os Dragões não se entendiam definitivamente com o futebol do Olhanense. Alguns jogadores portistas voltaram ao registo antigo, que é como quem diz, medíocre. Danilo, lento, complicativo a insistir no remate de longe invariavelmente para as nuvens; Mangala pouco decidido e muito permissivo, Fernando, trapalhão, Lucho a indefinir o último passe, Varela a mostrar-se «pastelão» e Jackson, esforçado mas pouco eficaz. Foi aliás do avançado colombiano a única oportunidade portista criada e falhada, em toda a primeira parte.

Na segunda parte o FC Porto entrou com a missão de chegar depressa ao golo do empate, antes que a ansiedade tomasse conta da equipa. Esse golo chegou dez minutos depois do recomeço, por Jackson Martinez que só teve de empurrar a bola para a baliza, depois desta ter esbarrado no poste e ir ao encontro do melhor marcador do campeonato que soma agora 19 golos em 18 jogos.






















O Porto cresceu ainda mais obrigando o Olhanense a colocar o «autocarro» bem perto da sua área, mas sem nunca abdicar dos perigosos contra-ataques. A verdade é que por duas vezes Helton teve de se aplicar para evitar novos golos na sua baliza.

Os campeões nacionais, apesar de tudo, iam forçando, tentando e falhando. Dez minutos depois do empate surgiu uma possibilidade de ouro para se adiantarem no marcador. Jander tocou a bola com o braço, dentro da sua área e o juiz da partida, bem colocado não hesitou, apontando para a marca de grande penalidade. Mas Jackson atirou sobre a barra para desespero do pouco público presente no Dragão, em noite de Inverno. Era noite não para os azuis e brancos que até ao final do jogo tentaram de todas as maneiras o golo da vitória, mas quase sempre sem grande discernimento. Faltou algumas vezes sorte mas também calma, precisão e eficácia.

Numa palavra, desilusão.

3 comentários:

  1. 72% de posse de bola, 250.000 remates, um penalty falhado e ainda assim, não conseguimos ganhar.
    Falhou-se tudo o que podia se falhar:penalty, último passe, cruzamentos e golos.

    Quando assim é e o único remate do adversário dá em golo, não há nada a fazer. Podemos dizer que foi uma noite não, apesar dos dados estatísticos dizerem que foi um banho de bola.Não é engraçado o futebol?

    Aproveito a visita para convidá-lo a ver o meu blog

    pelethebest.blogspot.com

    Abraço.

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  2. Amigo, concordo com o seu comentário. Mas...
    A bola não queria entrar…
    A equipa portista teve inúmeras ocasiões para marcar mais que um golo; inclusive num penalti desperdiçado por Jackson. Jogou bem mas… a bola não entrava! Aos 7 minutos uma perda de Alex Sandro, na área do Olhanense, causou um contra-ataque aproveitado pelos algarvios. Porfiou o FC Porto mas, pronto, a “redondinha” não… queria entrar.
    O empate do nosso adversário directo para a conquista do Campeonato foi desaproveitado. Lamenta-se, mas esta equipa do FC Porto tem classe, aos montes, para continuar a lutar pelo grande objectivo. Há dias e dias!
    Quem não tem jogos para jogar bem ou mal, é Moutinho. Um excelso jogador! Como ele merecia a vitória!

    Sempre fui muito crítico, quando é preciso sê-lo. Mas valha-nos Nosso Senhor: hoje a nossa equipa jogou mal? Os nossos jogadores não lutaram e criaram oportunidades para “meter lá” mais que uma? Se isso tivesse acontecido teríamos aqui alguns (ou muitos) a dizer: “que grande jogo!”. Felizmente não sou impostor; sei ver o jogo e um jogo. Não me venham com merdas: o FC Porto jogou bem, mas não chegou. Mais nada! E, sobretudo, tivemos muito, muito azar, porque houve inúmeras bolas que, pura e simplesmente, não quiseram entrar.

    Meus amigos, continuemos a apoiar esta GRANDE EQUIPA. Continuemos a apoiar o GRANDE TRABALHO que está a ser feito. Continuemos a apoiar até à VITÓRIA FINAL. BIBÓ PORTO!

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  3. Pois é, o futebol, tem destas coisas...
    Era uma jornada em que as apostas davam total favoritismo ao F.C.Porto: o Dragão ia ganhar, só faltava saber por quantos, tal era a qualidade de jogo que o bi-campeão apresentava. O Olhanense, coitado, só podia evitar ser triturado. Não foi assim. E depois do empate do Benfica frente ao Nacional, na Choupana, a perda de 2 pontos ainda custa mais a digerir.
    É verdade que mesmo não jogando bem, longe disso, merecíamos a vitória.
    É verdade que dominamos em todos os capítulos do jogo, criamos e desperdiçamos oportunidades suficientes - até um penálti! - para ganhar, não um, mas dois jogos, só que o futebol não se compadece com isso, o que conta é que fomos muito perdulários, empatamos e esbanjamos uma oportunidade de oiro de ficar isolados na classificação. Tudo porque faltou ao F.C.Porto na noite fria e chuvosa de ontem, principalmente na primeira -parte, capacidade para pressionar alto, a profundidade de outros jogos, a qualidade envolvente na posse, criatividade e inspiração para desmontar uma defesa que se bateu bem e contou com um guarda-redes, Bracali, curiosamente, emprestado pelo F.C.Porto, inspirado. É justo dizer que melhoramos bastante na etapa complementar, foi nos segundos 45 minutos que tivemos várias e flagrantes oportunidades de marcar, mas faltou gente, calma, clarividência e eficácia, na exibição, aquém das expectativas, da equipa portista. Se a tudo, juntarmos um golo muito cedo, 6 minutos, da equipa algarvia e da falta de opções que acrescentassem qualidade, está explicado um resultado que teve o efeito de um valente murro no estômago.

    Abraço

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