José Semedo - 74º internacional: Vestiu a camisola das quinas por 21 vezes, todas ao serviço do FC Porto e marcou 2 golos. Estreou-se na Selecção nacional em 25 de Janeiro de 1989, com uma vitória (2-1) frente à Grécia, em Atenas, num jogo particular.
Natural de Ovar, começou a sua carreira de futebolista com 13 anos, no S.C. Esmoriz, passou pelo G.D. Feirense de onde transitou para os juvenis do FC Porto, em 1980/81. Foi Pedroto que o lançou na equipa sénior, na época de 1983/84, tendo-se fixado no plantel durante treze épocas a fio.
Médio cerebral, elegante e dos mais criativos, teve sempre contra si algumas debilidades físicas que contrariaram a sua normal evolução, conseguindo ainda assim, superar uma série de lesões, algumas graves. Talvez por isso, Semedo evitava as jogadas de choque custando-lhe a incompreensão de uma parte da massa associativa, tornando-o num «patinho feio».
Foi Campeão nacional por 8 vezes, ganhou 4 Taças de Portugal e 7 Supertaças nacionais. Conquistou ainda 1 Taça dos Clubes Campeões Europeus, 1 Taça Intercontinental e 1 Supertaça Europeia.
Na temporada de 1996/97 mudou-se para o S.C. Salgueiros onde jogou mais 3 épocas, até terminar a carreira.
Rui Águas - 75º internacional: Com 31 internacionalizações (1 Pelo Portimonense, 6 pelo Benfica e 26 pelo FC Porto) e 10 golos marcados, estreou-se em 3 de Abril de 1985, ainda como jogador do Portimonense, num particular Itália-Portugal, com derrota por 2-0. Enquanto jogador do FC Porto, a sua primeira aparição na Selecção aconteceu em 29 de Março de 1989, num jogo particular, em que Portugal goleou a sua congénere angolana por 6-0.
Natural de Lisboa, iniciou a sua formação no Benfica, passou pelos júniores do Sporting, jogando ainda no Sesimbra e no Portimonense, antes de voltar ao Benfica.
Em 1988/89 assinou pelo FC Porto, numa resposta de Pinto da Costa, à contratação, pelo clube lisboeta, de Ademir que jogava no V. Guimarães e era pretendido nas Antas.
Rui Águas nunca se libertou do melancolismo que o caracterizava, durante as duas épocas que vestiu de azul e branco. o ex-ponta-de-lança do Benfica acusou a mudança nunca se adaptando à cidade Invicta. Ainda assim, acabou por ser o melhor marcador do FC Porto em ambas as épocas. Na primeira marcou 13 golos no Campeonato nacional, enquanto no ano seguinte, a sua veia goleadora ficou marcada pelos 17 golos marcados (2º melhor artilheiro do campeonato), contribuindo para o regresso do FC Porto ao título de Campeão nacional.
Enquanto jogador do FC Porto venceu 1 Campeonato nacional e 1 Supertaça Cândido de Oliveira.
Domingos Paciência - 76º internacional: Vestiu a camisola da Selecção nacional por 34 vezes (32 pelo FC Porto e 2 pelo Tenerife) e marcou 9 golos. Estreou-se a 29 de Março de 1989, no particular Portugal-Angola, jogado em Lisboa, com goleada por 6-0.
Natural de Leça da Palmeira, chegou ao FC Porto aos 13 anos de idade, na companhia do amigo Vítor Baía. De corpo franzino mas dotado de apuro técnico, dos mais evoluídos de sempre entre os jogadores portugueses, foi intensamente trabalhado pelo departamento do futebol juvenil do FC Porto para ganhar massa muscular e estrutura física, colmatando de algum modo essa enorme debilidade.
Domingos estreou-se nos seniores num particular, em Itália contra o Foggia, em 15 de Agosto de 1987, mas só a 13 de Abril de 1988 fez o seu primeiro jogo oficial pelos azuis e brancos, contra o Elvas, entrando aos 64' e apontando o quarto e último golo da equipa, numa recarga oportuna.
Domingos era um verdadeiro ponta-de-lança e simultâneamente um jogador de qualidade técnica notável que lhe permitia jogar nas alas, quando necessário. Possuía drible fácil e estonteante, bom jogo de cabeça, remate colocado e espontâneo, pensava e executava rapidamente.
Nas 12 épocas em que jogou pelo FC Porto, tornou-se num dos principais goleadores, ainda que não tivesse conseguido ser um titular indiscutível em algumas épocas. Depois de, em 1990/91 ter marcado 24 golos e ter perdido a Bola de Prata para Rui Águas, a quem foi contabilizado um golo fantasma, conseguiu na época de 1995/96 o seu melhor registo na Liga, com 25 golos em 29 jogos (seis dos quais incompletos), ganhando finalmente a Bola de Prata bem como o prémio de melhor jogador desse Campeonato. Em 1996/97, com a chegada de Mário Jardel e uma série de arreliadoras lesões, marcou apenas 3 golos, terminando a sua primeira ligação ao FC Porto, partindo para Espanha para representar o Tenerife.
Dois anos depois regressou ao FC Porto (apesar do assédio do Sporting) não conseguindo atingir o brilhantismo anterior. Depois de 163 jogos ao serviço dos Dragões, com 106 golos apontados, Domingos coleccionou 7 Campeonatos nacionais, 5 Taças de Portugal e 6 Supertaças. Foi distinguido com o «Dragão de Ouro», em 1988 como «Atleta do Ano» e em 1990, como «Futebolista do Ano».
Pôs fim à carreira de jogador no final da época de 2000/01 para abraçar a carreira de treinador.
MAPA RESUMO DA DÉCADA DE OITENTA
(Continua)
Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.
Sem comentários:
Enviar um comentário