António André - 70º internacional: Foi por 20 vezes que envergou a camisola da Selecção nacional. Estreou-se em 30 de Janeiro de 1985, com uma derrota por 3-2, num jogo particular com a Roménia, em Lisboa.
Natural de Vila do Conde, fez toda a sua formação no Rio-Ave, transferindo-se para o Varzim, em 1979/80, com 17 anos, para assumir a titularidade da equipa sénior, onde começou a despertar a cobiça de outros clubes. Foi o FC Porto que venceu a corrida da sua contratação, na época de 1984/85, para colmatar a deserção de Jaime Pacheco para o Sporting.
Nas Antas, André encarnou o espírito do Dragão, tornando-se num modelo de profissionalismo e dedicação, a que juntou doses consideráveis de talento e garra. Fez a sua estreia com a camisola azul e branca em 8 de Agosto de 1985, nas Antas, num encontro particular com a equipa francesa do Metz (3-0).
Pôs fim à sua carreira de futebolista em 1994/95, continuando ligado à equipa técnica do FC Porto.
André construiu um palmarés recheado de títulos: 7 Campeonatos nacionais (1984/85, 1985/86, 1987/88, 1989/90, 1991/92, 1992/93 e 1993/94), 3 Taças de Portugal (1987/88, 1990/91 e 1993/94), 5 Supertaças nacionais, 1 Taça dos Clubes Campeões Europeus (1986/87), 1 Taça Intercontinental (1987/88) e 1 Supertaça europeia (1987/88). Foi ainda «Dragão de Ouro», como «Futebolista do ano», em 1986.
Joaquim Carvalho Azevedo (Quim) - 71º internacional: Representou a Selecção nacional por 4 vezes, com estreia a 30 de Janeiro de 1985, frente à Roménia, com derrota por 3-2, num particular jogado em Lisboa, ocupando um dos lugares da linha média, ao lado de André.
Natural de Vila do Conde, transferiu-se para o FC Porto na época de 1984/85, tal como o seu conterrâneo André, para ocupar o lugar do outro dos desertores que fugiram para o Sporting (Sousa), impondo-se desde logo como elemento preponderante do meio-campo portista, formando com André uma barreira quase intransponível.
Dotado de um bom pé esquerdo, possuía um razoável pontapé de meia distância. Era do melhor que havia no futebol português, a recuperar a bola no sector intermediário.
Foi Campeão nacional em 1984/85, 1985/86 e 1987/88, venceu a Supertaça nacional de 1983/84 e 1985/86, foi Campeão europeu em 1986/87, venceu a Supertaça europeia de 1987/88 e a Taça Intercontinental da mesma época.
Zé Beto - 72º internacional: Vestiu a camisola da Selecção nacional por 3 vezes. A sua estreia aconteceu a 12 de Outubro de 1986, num Portugal-Suécia, com empate a uma bola, num jogo a contar para a qualificação do Campeonato da Europa.
Começou nas camadas jovens do FC Porto, tendo alcançado rapidamente a titularidade na equipa sénior, depois do empréstimo ao Beira-Mar, por uma época.
De feitio irreverente e forte instabilidade psicológica, viu-se envolvido numa discussão com um dos árbitros assistentes, na final da Taça das Taças, em Basileia, contestando com alguma razão, mas de forma exasperada, um golo da Juventus, ferido de ilegalidade, que o trio de arbitragem validou, tendo sido acusado de agressão e duramente castigado pela UEFA, com a suspensão de um ano.
Chegou ainda a dividir a baliza portista com o polaco Mlynarczyk, dando o seu contributo para a conquista da Taça dos Campeões europeus, em 1986/87.
Desapareceu prematuramente, aos 29 anos de idade, num violento acidente de automóvel, que lhe ceifou a vida.
Foi Campeão Nacional em 1987/88, venceu a Taça de Portugal em 1983/84 e foi Campeão europeu em 1986/87.
Rui Barros - 73º internacional: Foi 36 vezes internacional (1 pelo Varzim, 6 pelo FC Porto, 10 pela Juventus, 15 pelo Mónaco e 4 pelo Marselha). Fez a sua estreia na equipa das quinas em 29 de Março de 1987, como atleta do Varzim, no Portugal-Malta (2-2), jogado no Funchal, partida de qualificação para o Campeonato da Europa.
Depois de se sagrar campeão nacional de júniores, pelo FC Porto, em meados da década de 80, Rui Barros não se fixou logo na equipa principal, tendo sido emprestado ao Covilhã, da 2ª Divisão e mais tarde ao Varzim, onde conquistou o título da 2ª Divisão (Zona Norte).
Regressou em Agosto de 1987, tornando-se então uma peça fulcral no esquema de Tomislav Ivic, que construiu a equipa em seu torno, explorando a sua técnica e velocidade explosiva. Jogou 34 dos 38 jogos e marcou 12 golos. Contribuiu para as conquistas da Taça Intercontinental e Supertaça europeia.
Rui Barros constituiu a mais meteórica explosão de um jogador em Portugal. As suas qualidades despertaram de imediato o interesse dos grandes clubes europeus, sendo a Juventus o seu primeiro destino. Jogou dois anos em Itália a grande nível, vencendo uma Taça de Itália e uma Taça UEFA.
Jogou ainda no Mónaco e no Marselha antes de regressar ao FC Porto, em 1994, sendo um dos seis jogadores que conquistaram os cinco campeonatos do Penta.
Pôs fim à carreira em 2000, com 34 anos.
Enquanto jogador do FC Porto, venceu o Campeonato nacional por 6 vezes (1987/88 e os cinco do Penta (de 1994/95 a 1998/99), 2 Taças de Portugal (1987/88 e 1997/98), 2 Supertaças nacionais (1995/96 e 1997/98), 1 Taça Intercontinental (1987/88) e 1 Supertaça europeia (1987/88). Foi ainda distinguido com o «Dragão de Ouro» como «Atleta do Ano», em 1988.
Trabalhou alguns anos no departamento de observação e prospecção do Clube, passando depois a integrar algumas equipas técnicas do FC Porto, tendo assumido o comando da equipa, na fase de transição de Co Adriaanse para Jesualdo Ferreira, de quem foi adjunto, conquistando a Supertaça 2005/2006, frente ao V. Setúbal, por 3-0.
(Continua)
Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.
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