FICHA DO JOGO
A recepção no Dragão ao lanterna vermelha da liga nacional, acabou por se tornar numa tarefa complicada, tendo em conta o bloco baixo com que o Aves se apresentou, o famigerado "autocarro", a exigir tratamento diferenciado. Samu constituiu o explosivo mais eficaz, com dois golos, suficientes para garantir mais uma vitória.
Foram 3 as alterações promovidas pelo técnico Francesco Farioli, no onze titular, relativamente ao jogo anterior, frente ao Alverca.
Borja Sainz, a cumprir castigo por acumulação de cartões amarelos, Alan Varela e Alberto Costa foram preteridos em favor de William Gomes, Jan Bednarek e Francisco Moura.
Era previsível que o último classificado da Liga se apresentasse com o bloco baixo (5x4x1) no sentido de lutar pelo pontinho.
Também eram previsíveis as dificuldades portistas para ultrapassar este tipo de blocos, como aliás já vem sendo habitual. No entanto, era suposto que a equipa técnica já tivesse descoberto a melhor forma para os desfazer com menores dificuldades.
A verdade é que a equipa voltou a cometer os mesmos erros. Construção lenta, preguiçosa, sem ideias, permitindo a reorganização defensiva, quando era recomendado precisamente o contrário, velocidade, rapidez de raciocínio e execução, variação rápida de flancos, precisão do passe e muita criatividade.
Assim, o adversário, durante toda a primeira parte sentiu-se verdadeiramente confortável a desfazer os previsíveis lances de ataque em câmara lenta.
Nesse período, o FC Porto apenas ameaçou a baliza contrária, aos 30 minutos, num cabeceamento de Froholdt, apesar de um domínio absoluto. Mais tarde, já em tempo de desconto, Kiwior poderia ter aberto o activo, ao aparecer ao segundo poste a cabecear, mas defeituosamente.
No segundo tempo os azuis e brancos apareceram com Cláudio Ramos na baliza (Diogo Costa lesionara-se numa saída extemporânea um pouco depois da meia hora do jogo) e três minutos depois Samu encontrou o caminho do golo, desbloqueando o resultado.
O Aves nem por isso desfez o bloco, mas os Dragões patentearam outra atitude. Mais rápidos, mais incisivos, mais determinados. As oportunidade de golo apareceram, ainda que escassas e o resultado acabou mesmo por conhecer novo golo, de grande penalidade, aos 64 minutos, a castigar falta grosseira sobre Gabri Veiga. Samu, assumiu a cobrança com êxito.
Vitória difícil mas justa da única equipa que quis vencer.




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