terça-feira, 27 de setembro de 2016

DRAGÕES SEM "PEDALADA" PARA A EUROPA

















FICHA DO JOGO































O FC Porto provou hoje em Leicester que não tem argumentos para disputar provas internacionais da UEFA. O seu futebol continua, à imagem do passado recente, demasiadamente insípido, desorganizado, ingénuo, inconsistente e sem raça, para poder encarar com optimismo e ambição quaisquer das duas competições organizadas pela entidade máxima do futebol Europeu. Esta é a triste realidade.

Esta pobreza franciscana tem vindo a ser escamoteada pelos responsáveis portistas que ainda não perceberam para onde estão a empurrar o Clube.

A exibição de hoje em Inglaterra foi disso a prova mais evidente, frente a uma equipa campeã do seu país, é verdade, mas muito mais acessível do que outras bem mais poderosas da Terra de Sua Magestade, onde aliás os Dragões não só não conseguiram uma única vitória, e já lá jogou 18 vezes, como também de lá saiu vergado a humilhantes goleadas.

A equipa portista perdeu uma bela oportunidade de fazer história, face ao real valor do seu adversário de hoje, mas tal como desconfiava, os azuis e brancos, hoje de amarelo, estão a anos luz de rivalizar com adversários mais confiantes, agressivos, ambiciosos, que suam as camisolas e disputam cada bola como se fosse a última.

Falta tudo a este FC Porto. Raça, nervo, determinação, espírito de sacrifício e muito mais empenhamento, ingredientes que adicionados à técnica inegável de alguns dos seus jogadores e a uma organização constante e coerente que não existe,  lançariam a equipa, de forma radical para outros voos.

Assim, vamos somando desilusões e dissabores, umas atrás das outras, num rosário que começa a ficar insustentável.

Disse Pinto da Costa que este é o ano de transição (ano zero?) Engano. Anos de transição ou anos zero já contei 3 e a continuar assim caminhamos a passos largos para o 4º!

Num Clube de campeões não há tempo para ter tempo. Ou encaramos os problemas de frente, com olhos de ver e encontramos as soluções ou então dediquemos-nos à pesca.

Voltando ao jogo de hoje (jogo?). Nuno E. Santo apostou no onze titular que defrontou o Boavista, algo inédito esta temporada.























A equipa entrou confiante e parecia ter a lição bem estudada, mas foi Sol de pouca dura. Bastou que os ingleses sacudissem a pressão inicial e tudo se transformou, numa completa desorganização, com muita precipitação à mistura e sobretudo muita indecisão, incapacidade de colocar bem a bola, reacção tardia à sua perda e dificuldades na marcação. 

Perante este cenário, o golo na sua baliza era quase inevitável, seria uma questão de tempo. Slimani, conhecendo bem as fragilidades dos defensores portistas foi explorando-as e ao minuto 25 teve o prémio procurado. Cruzamento para a área, o argelino iludiu Felipe que ficou indevidamente de costas para o lance, permitido que o avançado aparecesse decidido a cabecear para o golo. Falha grosseira da defensiva portista castigada sem apelo nem agravo.


















Durante o resto do tempo até ao intervalo, a reacção dos Dragões foi confrangedora e se o resultado não se dilatou foi porque o Leicester não forçou e se sentiu confortável com a incapacidade portista.

No segundo tempo, a turma portista voltou a evidenciar as mesmas fragilidades e só nos últimos 15 minutos conseguiu encostar o campeão inglês à sua área, procurando o golo da igualdade, que podia ter aparecido pelos pés de Jesús Corona, lançado ao minuto 77 a substituir Óliver Torres, mas o ferro negou as suas intenções. 

Nesse período, o FC Porto foi mais ambicioso mas procurou o golo de forma precipitada, sem arte nem engenho.

Para a história fica a 16ª derrota e cinco jogos consecutivos sem marcar um único golo em Inglaterra. É obra!

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