segunda-feira, 16 de setembro de 2013

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 22












DJALMA - Goleador Nº 22

Apontou 64 golos nos 101 jogos, em provas oficiais, disputados durante as três épocas ao serviço do FC Porto (1966/67 a 1968/69).

Djalma Nascimento de Freitas nasceu no dia 27 de Novembro de 1941, no Bairro de Caxangá, cidade do Recife, Brasil.

Entrou com 15 anos nas escolas de formação do Caxangá EC, onde fez duas épocas como júnior, passando de seguida para a equipa principal, com apenas 17 anos, patenteando desde logo os seus atributos de finalizador que provocou o assédio de clubes mais importantes, tendo-se transferido em 1958 para o América FC, para na temporada seguinte rumar ao SC Recife. Durante as cerca de sete temporadas ao serviço deste clube, conquistou alguns títulos e marcou muitos golos.

Chegou a Portugal em Junho de 1965 para representar o Vitória de Guimarães onde a veia goleadora foi muito apreciada pelos responsáveis do FC Porto que o contrataram na época seguinte (1966/67). Djalma firmou um contrato por três temporadas, passando a ser o jogador do clube mais bem pago. O avançado brasileiro manteve a sua capacidade goleadora, sagrando-se  como o melhor marcador da equipa durante as duas primeiras épocas.

Ponta de lança baixote mas muito rápido e de capacidade técnica evoluída, tinha faro de golo, aparecendo com grande oportunismo em zonas de finalização para aplicar o seu temível remate. Tinha um senão, era demasiado temperamental, muito pouco tolerante e convivia muito mal com a dureza dos adversários e as picardias que lhe dirigiam, respondendo rispidamente, o que lhe valeu vários castigos e lhe granjearam  a fama de indisciplinado.
























Estreou-se oficialmente com a camisola do FC Porto em 18 de Setembro de 1966, na Póvoa de Varzim, frente ao Varzim, em jogo da 1ª jornada do campeonato nacional, marcando dois dos três golos, da vitória portista por 0-3.

Nas três temporadas ao serviço do FC Porto, Djalma acrescentou ao seu palmarés a conquista da Taça de Portugal de 1967/68, onde foi titular da equipa azul e branca que derrotou o V. Setúbal por 2-1, no estádio do Jamor.











No final da época seguinte (1968/69), transferiu-se para o FC Belenenses, onde viria a agravar os seus problemas disciplinares. Por isso, acabou emprestado ao Clube Oriental de Lisboa e em 1971/72 ao AC Marinhense. Em 1973/74 foi jogar no SC Espinho, ajudando o clube a subir à 1ª Divisão Nacional.

Não se libertou dos problemas disciplinares e ainda adicionou outro mais grave, o álcool, que contribuiu para acabar com a sua carreira e o deixou numa situação financeira deplorável, de tal forma que em 1976, o FC Porto promoveu e realizou um jogo de homenagem, no Campo do Riopele, que lhe permitiram angariar fundos para poder voltar ao Brasil.

Palmarés ao serviço do FC Porto (1 título):
1 Taça de Portugal (1967/68)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar 

1 comentário:

  1. No seu tempo havia uma cantiga que a criançada entoava:

    Djalma, grande craque
    toda a gente diz praí
    tem pinta de jogaDOR
    COMO OUTRO INDA NÃO VI!

    Foi um futebolista que muito admirei e só foi pena que se eclipsasse com extras, pois dentro do campo era rijo e valente, além de habilidoso goleador. Também será de acrescentar que se conseguiu salientar apesar de então ter jogado numa equipa apenas com alguns elementos de valia, tal como Américo, Pinto, Pavão, Rolando e Nóbrega, por exemplo, e, assim sendo, passou no clube num dos períodos em que a equipa do F C Porto não era muito equilibrada, notando-se sobremaneira que a defesa não era como se desejava, valendo o guarda-redes para atenuar, e o ataque também não acompanhava totalmente, nem servia muito o faro de golo do atacante. O que a juntar às artimanhas de bastidores, roubos de igreja das arbitragens, etc, explica grande parte da longa travessia...

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