FICHA DO JOGO
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Vítor Pereira tinha alertado os seus jogadores para o facto de terem de jogar à Campeão e abordarem os jogos com ritmo, agressividade nas acções, intensidade e rapidez.
Os atletas fizeram-lhe a vontade, pelo menos na esmagadora maioria do tempo. Mas o técnico também se penitenciou e decidiu proceder aos ajustamentos mais evidentes, no onze titular. Danilo e Alex Sandro surgiram nas laterais defensivas e Christian Atsu na ala esquerda, remetendo para o banco Miguel Lopes, Mangala e James Rodrígez.
A medida foi coroada de êxito pois os defesas laterais brasileiros deram mais profundidade (mais Alex que Danilo) e Atsu foi mais irreverente e perigoso.
Os Campeões nacionais entraram bem no jogo, com os predicados solicitados pelo técnico, Lucho em evidência quer na recuperação da bola como na distribuição do jogo quer ainda no capítulo do remate. Pertenceram-lhe os remates mais perigosos e intencionais, mesmo antes de inaugurar o marcador, aos 15', no aproveitamento de um ressalto em posição frontal e com remate forte e colocado que deixou o guardião vimaranense sem hipóteses de defesa.
Foram 45 minutos de futebol dinâmico, constantes trocas de bola e de posições, apoio permanente dos laterais, num carrossel difícil de parar. Para ser um jogo perfeito, à «Barça» faltou-lhe apenas uma melhor definição no último passe e eficácia no remate. De resto, foi um domínio esmagador sobre uma equipa sem argumentos para contrapor.
Para a segunda metade, os azuis e brancos trouxeram de balneário os defeitos do jogo anterior em Barcelos: pouca velocidade, pouco ritmo, pouca dinâmica, muitos passes falhados e muita desconcentração, permitindo ao V. Guimarães aliviar o sufoco e subir um pouco no terreno, durante cerca de 20 minutos.
Foi então que Lucho voltou a pegar nas rédeas motivando os seus colegas e pouco tempo depois Hulk, bem servido por Moutinho, desferiu uma das suas famosas «bombas» de pé esquerdo, batendo sem apelo nem agravo o guardião contrário. O FC Porto voltava a encontrar o ritmo ideal e o seu futebol voltava a ser demolidor. Lucho bisou numa recarga a remate intencional de Atsu, que Douglas defendeu à primeira e 9 minutos depois Jackson Martinez estreou-se a marcar na Liga, de grande penalidade sobre Moutinho, que o colombiano resolveu à «Panenka». Refira-se que o artista do apito tinha já perdoado uma grande penalidade aos 33' da primeira parte quando o defesa vimaranense N'Diaye meteu os braços à bola para deter um remate de Hulk.
Foi uma vitória gorda e justa com exibições muito pendulares de quase toda a equipa, com excepção para os primeiros vinte minutos da segunda parte. Os meus destaques vão para Lucho Gonzalez, o melhor em campo, jogou fez jogar e ainda marcou dois golos; Alex Sandro muito bem a apoiar o ataque, Fernando uma parede no meio-campo e Christian Atsu, rápido, destemido e empreendedor.
Espero que seja para repetir.
No futebol não há exibições perfeitas, mas a exibição da equipa do F.C.Porto foi muito boa e durou quase o tempo todo. Houve pressão, intensidade, largura, profundidade, qualidade, muita qualidade. O Vitória pareceu, não é, uma equipa banal, porque foi obrigado a isso pela forma como jogou o campeão. Não é caso para embandeirar em arco, estamos no início, até ao fecho do mercado, ainda pode acontecer muita coisa, mas se houver calma, paciência e confiança, temos gente para voltar a ganhar.
ResponderEliminarAbraço
Nada a opor. Agora só se deseja que mantenham o nível exibicional; o resto vem por acréscimo.
ResponderEliminarAbraço.