sexta-feira, 2 de março de 2012

MAIS UMA NO NOSSO SALÃO DE FESTAS!

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

O FC Porto, voltou a fazer do reduto das papoilas saltitantes o seu salão de festas preferido. Num jogo que se antevia complicado e de imensa responsabilidade, os Dragões vestiram a pele de Campeões nacionais em título e entraram com tudo. Foram vinte minutos de grande personalidade, de domínio, de pressão alta, ilustrada com um golo espectacular do incrível Hulk, logo aos sete minutos de jogo.  Um minuto antes tinha já ameaçado, mas foi travado, dentro da grande área por Emerson, com Pedro Proença a fazer vista grossa à claríssima falta do defensor encarnado.

Depois foi perdendo o fulgor mas manteve sempre a partida controlada. Criou ainda duas boas oportunidades para dilatar a vantagem por Marc Janko, num remate à «queima» e  na recarga, por Álvaro Pereira. Os seus intentos foram negados por duas intervenções, quase por instinto, do guardião da casa. Pouco depois João Moutinho, num livre directo fez a bola estremecer a baliza com um remate ao travessão.

As papoilas saltitantes chegaram ao empate num lance aproveitado com alguma sorte. A bola cruzada para a área, na sequência de um canto, foi afastada pela defensiva portista. Javi Garcia tentou o remate de longe, indo a bola tabelar em Witsel, sobrando para Cardozo que com oportunismo atirou a contar. O intervalo chegaria pouco depois.

No segundo tempo as papoilas saltitantes entraram melhor e aproveitando mais uma fífia da arbitragem chegaram à vantagem. Djalma, em auxílio defensivo, com Gaitan a tentar fugir, chegou primeiro, tocou a bola e o argentino procurou o contacto atirando-se para o chão. Corte limpo que o juiz da partida decidiu transformar num livre. Deste livre resultou o segundo golo.

Em desvantagem no marcador, os campeões nacionais tremeram um pouco, perdendo clarividência e coesão. Sentindo o risco de perder o jogo, Vítor Pereira, de forma corajosa, arriscou. Aos 58 minutos promoveu uma revolução no xadrêz. Deu ordem de entrada a James Rodríguez, tirando Rolando. Deslocou Djalma para defesa lateral direito, passando Maicon para o centro ao lado de Otamendi.

A sua coragem foi recompensada, seis minutos depois. James (com menos de 24 horas de descanso, depois do jogo da selecção e da desgastante viagem desde os EUA) apontaria o golo da igualdade, numa jogada começada perto da área portista, numa recuperação de bola de Fernando que avançou no terreno trocando a bola com o colombiano, que já dentro da área não perdoou.

Os azuis e brancos voltaram então ao domínio do jogo. Sem Aimar e Garay, substituídos por lesão, as papoilas vulgarizaram-se. Sofreram novo revés com a expulsão, justa, por acumulação de amarelos, de Emerson que rasteirou Hulk, quando o avançado portista se esgueirava pelo lado direito.

Em vantagem numérica e com um pouco menos de vinte minutos para jogar, Vítor Pereira quis dar a estocada final. Tirou Moutinho, algo desgastado fisicamente, metendo mais um avançado, Kléber. O golo da vitória acabaria por chegar aos 87 minutos por Maicon, de cabeça, mais um, na sequência de um livre marcado por James Rodríguez para a área. Na repetição deste lance, na TV, Maicon parece deslocado. O árbitro auxiliar nada assinalou e a reviravolta no marcador estava consumada. Com ela, nova vitória portista em casa do seu rival, que virou salão de festas dos azuis e brancos.

Nada está garantido, mas como adiantei na antevisão deste jogo, a equipa vencedora dá um passo importante rumo ao seu objectivo.

Destaques para a forma como a equipa demonstrou que quer ser campeã, com o treinador incluído e para o massivo e entusiástico apoio dos adeptos portistas, em mais uma deslocação.

Relativamente à arbitragem de Pedro Proença,  não esteve particularmente feliz, com erros que poderão ter influenciado o resultado final. Para além dos citados acima ( penalty cometido sobre Hulk aos 6'; Falta inexistente assinalada a Djalma de que resultaria o segundo golo das papoilas e eventual fora de jogo no terceiro golo portista), houve ainda uma situação que passou em claro aos 16 minutos da segunda parte. Cardozo devia ter visto o segundo amarelo por falta grosseira cometida sobre Otamendi. As papoilas saltitantes ainda se queixam da arbitragem!

7 comentários:

  1. Os mouros esqueceram-se de apagar a luz?!!!
    Foi tal a vergonha que já não tiveram coragem de fazer “off”…

    Jogo muito intenso quase sempre bem jogado. O FC Porto entrou muito, muito bem. Um espanto! Hulk, finalmente, tirou o coelho (petardo!) da cartola. Eu esperava (sinceramente) que a magia aparecesse. Ele é assim, quando é mais preciso…
    O Porto fazia uma pressão constante, eficaz, não deixando que os encornados construíssem o jogo. Nos primeiros vinte minutos foi assim, sem espinhas.

    No dealbar da 1.ª parte surgiu aquele golo, o do empate, fruto de ressaltos consecutivos à entrada da área azul-e-branca e um golo de sorte da papagaio… perdão do paraguaio. Depois Rolando e a defesa portista consentindo outro golo com o qual fomos a perder para o intervalo.

    Na 2.ª parte parecia que o benfas iria ter ascendente. Sensação de pouca dura pois Vítor Pereira fez uma jogada de mestre (que bem me sabe dizer isto…): tirou Rolando, deslocou Maicon para o centro da defesa e colocou Djalma como defesa direito. Muito bem e, mais importante, surtiu efeito. James foi fundamental: pôs em campo a sua categoria e esteve nos dois golos que deram a vitória ao nosso FC Porto.

    Destaques, para além de James: Lucho (“não é importante”, disse o masca-pastilhas; pois não, é IMPORTANTÍSSIMO); Moutinho (cresceu e retomou a forma com Lucho em campo; não tarda nada vai acertar num daqueles livres que tão bem marca); Helton (sem culpa nos golos, esteve bem, seguro, eficaz); Maicon (o “mal amado” já é muito amado por grande maioria dos adeptos; que grande jogador ali temos!; o lugar de Rolando é dele, não tenho dúvidas); Djalma (já li crónicas muito críticas; eu sou de opinião contrária; Djalma cumpriu e, por vezes, muito bem).

    Agora temos pela frente oportunidade de manter o nível demonstrado hoje pela equipa e consolidar a nossa posição no Campeonato. Vítor Pereira que continue a acertar.

    Sobre Vítor Pereira: O QUE ESTÁ PARA TRÁS ESTÁ ACABADO, O QUE DISSE DO TREINADOR VOLTARIA A DIZÊ-LO SE AS CIRCUNSTÂNCIAS SE REPETISSEM. MAS, APÓS ESTE JOGO, TAMBÉM EU NÃO VOLTAREI A DIZER SEJA O QUE FOR DO VÍTOR PEREIRA. QUE SEJA FELIZ NAS DECISÕES QUE TOMAR, SE NÃO O FOR NADA DIREI.

    FORÇA PORTO!
    BIBÓ PORTO!

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  2. Uma correcção ao meu comentário: claro que não fomos a perder para o intervalo; estávamos empatados.
    Esqueci-me de também destacar: FERNANDO (simplesmente GIGANTE) e ÁLVARO PEREIRA (muito bem na ajuda ao ataque).
    Abraço.

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  3. Grande vitória!
    Parabéns, se me permitem, de modo especial ao nosso técnico, tão atacado e criticado, tem sido.

    Já tinham encomendado as faixas e agora, como as coisas não são bem assim, lá estão eles, os tais que não criticavam os árbitros, a atirarem-se a eles com tudo. E a fazerem um filme que é pura ficção.

    Abraço

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  4. Vencemos, pois, mais uma vez no estádio da Luz, no salão de festas do F. C. do Porto, onde até os anfitriões costumam apagar a luz quando toca de dar os parabéns aos vencedores... Então, para não variar, desta vez e mais uma vez o F. C. do Porto foi a Lisboa superar o mesmo adversário mais directo.

    Sem margem para dúvidas, apesar dos benfiquistas se desculparem com um hipotético fora-de-jogo, quando eles foram beneficiados em lhes haver sido perdoado um primeiro penalti que se viu, esse cometido sobre Hulk, ainda antes da bomba com que este respondeu, depois; tal como mais uma expulsão foi perdoada ao Cardoso, o qual inclusive fez um outro penalti que ficou por marcar, o segundo, curiosamente tocando a bola com o braço por duas vezes seguidas. Sem se poder esquecer que o segundo golo encarnado nasce de um livre por uma falta que não existiu. Afinal como é? Quer dizer, de tão habituados que estão a ser ajudados, os benfiquistas protestam sempre que não têm tantas ou todas as ajudas ?!

    De nada valeu a marcação do jogo para esta sexta-feira, tentando ganhar vantagem - que afinal saiu ao contrário.

    No fim de contas o F. C. Porto fica isolado no 1º lugar, põe os adversários a correr atrás, com a pressão maior de seu lado, e responde da melhor forma. Para a história fica: Na noite de 2 de Março, uma sexta-feira de abstinência quaresmal para os derrotados, o resultado foi... Benfica, 2 - F- C. Porto, 3. Com golos do F. C. P. por Hulk, James Rodrigues e Maicon.

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  5. Não sei se repararam mas Maxi Pereira cuspe em James Rodriguez assim que o arbitro apita para o final do jogo, se alguém tiver gravado o jogo que publique essas imagens!! É importante!!

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  6. caro Rui Anjos, caríssimas(os),

    se num Passado recente fui lesto a criticar o Vítor Pereira, hoje e porque não sou ingrato, quero agradecer-lhe pela imensa alegria que me proporcionou.
    muitos parabéns!, Vítor!
    (também) mereces o resultado do jogo de ontem!

    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todos vós! ;)

    Miguel | Tomo II

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  7. A luz esteve tão fraquinha que nem deu para ver o fora de jogo de Maicon !


    Abraço

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