domingo, 5 de fevereiro de 2012

CLASSE DE LUCHO EM JOGO-TREINO

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Em jogo marcado pelo habitual ritmo de treino, que esta prova suscita, ainda por cima frente a uma equipa fraca que pouco trabalho defensivo exigiu, o FC Porto aproveitou para escalonar um onze bastante desfigurado, conforme já era previsto. 
Lucho Gonzalez e Marc Janko, novos reforços de Inverno, foram titulares, durante os 90 minutos. Maicon regressou à sua posição de central, fazendo parelha com Mangala e nas laterais surgiram os brasileiros Danilo e Alex Sandro. No meio campo Fernando regressou após castigo, mas lesionou-se cedo, dando o seu lugar a Defour. Moutinho e Lucho completaram o trio. Na frente, Silvestre Varela e Cristian Rodríguez foram os alas em apoio do ponta-de-lança austríaco Marc Janko.

A exibição foi naturalmente suave, com alguns bons apontamentos. Desde logo a facilidade de integração de «El comandante» a dar a impressão de nunca ter saído da equipa. Foi elegante, preponderante, espalhando toda a sua classe e o génio que culminou com um golo de antologia, a abrir o marcador. Danilo, finalmente a lateral direito, começou lento, desconcentrado, algo trapalhão, mas foi recuperando e melhorando de forma gradual. Integrou-se bem nos movimentos ofensivos mas também não lhe foram colocadas grandes dificuldades defensivas. Alex Sandro começou melhor, mais assertivo mas sem fazer esquecer o dono do lugar.  Os centrais cumpriram no essencial, ainda que uma vez ou outra, tenham permitido cabeceamentos em zonas proibidas. No meio campo, para além da maestria do citado Lucho, Fernando, primeiro, depois Defour, foram cumprindo e Moutinho foi pendular, mas quase sempre sem grande fulgor. Na frente, Janko mostrou ser um jogador de área, pouco móvel mas muito perigoso. Marcou num excelente passe de James quando já tinha ameaçado com um belo remate de cabeça que o guardião contrário defendeu com dificuldade. Varela e Rodríguez foram lutadores mas pouco esclarecidos, perdendo demasiados confrontos. A entrada de James espevitou um pouquinho.

Foi pois um treino com fases agradáveis, com os jogadores portistas sem grandes pressas face à debilidade gritante do adversário. Resultado justo que peca por escasso. 


O homem do apito voltou a fazer um trabalho desleixado, com evidentes prejuízos para os Dragões.


O FC Porto somou por vitórias todos os jogos disputados, concluindo com o máximo de pontos a liderança do seu Grupo. 

Segue-se a visita à Catedral da mentira desportiva, onde aparecerão os «comprometidos» da praxe para decidir o que todos sabemos.

Entretanto, Vítor Pereira vai ter de insuflar muita motivação e confiança, para encarar o resto da época, depois do fracasso de Barcelos. A coisa não vai ser fácil!

3 comentários:

  1. Grande estreia dos dois novos reforços, mesmo do Danilo de quem já tínhamos umas luzes, e uma exibição a espaços relativamente convincente da nossa equipa. Do que me pude aperceber. Bem me queria parecer que isto do regresso do Lucho e da vinda dum avançado possante, como o Janko, daria outra energia e maior confiança. Agora é para continuar!

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  2. Duas estreias? Não, a mim pareceu-me só haver uma estreia: a de Janko. É que eu devia andar muito distraído… Não via “luxo” em campo e hoje vi um luxo de meio-campo com um Lucho que nunca abandonou esta equipa. Sim, o nosso brilhante argentino até parece que nunca deixou o Dragão! Que luxo!
    Gostei do jogo que deu para perceber que temos ali gente que garante, desde já (caso de Lucho), e outros que podem ter no FC Porto dias muitos felizes que nos façam felizes. Porquê só agora Danilo? Está bem, está bem, não discuto as opções de VP. Gostei de Janko. Bela estreia também.
    Que acharam da junção Moutinho – Lucho? A mim parece-me que, se tiverem tempo para isso, dará uma dupla de sucesso.
    Agora temos de ir ao “salão de festas” com uma atitude ganhadora, mas o jogo tem de ser muito bem preparado. Nada de subalternização (está claro), mas também nada de sobranceria. Poderemos dizer “até os comemos carago” mas com a noção de que temos de dar o nosso melhor, jogar com muita cabecinha, determinação, garra, coragem.
    Abraço AZUL FORTE.
    BibÓ PORTo!

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  3. Preços reduzidos e factor Lucho, principalmente, levaram a que o Dragão tivesse uma boa moldura humana, 27.303 espectadores, apesar da noite fria e a ameaçar chuva. Muita gente nova - à minha volta era um mar de ilustres desconhecidos ...-, que aproveitou a oportunidade de ver o F.C.Porto ao vivo, gente que não deve ter dado por mal empregue o tempo perdido. Com oito novos jogadores em relação ao jogo de Barcelos, só mantiveram a titularidade, Maicon, Moutinho e Varela, o F.C.Porto apresentou-se em 4x2x1x3, com os reforços de Inverno, Danilo que já tinha jogado, mais Lucho e Janko, a que se juntaram os menos utilizados, Bracali, Alex Sandro, Mangala e para completar o onze, o regressado Fernando e o inconstante C.Rodríguez. Entrando a jogar muito bem e assentando o seu futebol num meio-campo em triângulo, com Fernando e Moutinho na base e Lucho no vértice mais adiantado, mas percorrendo toda a largura do campo, equipa portista teve momentos, em particular na primeira meia-hora, de muito boa qualidade.
    Com um futebol tricotado, de pé para pé - Lucho e Moutinho parece que sempre jogaram juntos... -, o conjunto de Vítor Pereira, dominou, teve algumas bonitas jogadas e como corolário desse futebol que estava a agradar à plateia, chegou à justa vantagem num belo golo de El Comandante. Durante esse período, apesar de Varela e Rodríguez raramente conseguirem chegar à linha de fundo para cruzar, Janko, sempre que foi servido em condições razoáveis, mostrou serviço e só não marcou porque a bola, por duas vezes, caprichosamente, encontrou um corpo de um defesa setubalense quando ia para golo. Se a primeira meia-hora foi, repito, de boa qualidade, os últimos 15 minutos, nem tanto assim. Sem perder o controlo e sem nunca estar em perigo, salvo num lance de bola parada que Ney levou a bola a bater na parte superior da barra - mais um vez a defesa portista fica à espera, não ataca a bola e foi surpreendida. Vá lá, ao contrário de Barcelos, não deu golo -, a qualidade baixou, a equipa não foi tão consistente, desorganizou-se um bocado, também porque saiu Fernando e Defour que entrou, andou algum tempo a apalpar terreno.

    A segunda-parte e os primeiros 15 minutos, foram muito semelhantes aos últimos 15 da primeira e portanto, nada a acrescentar. Mas com a entrada em simultâneo de Alvaro Pereira e James, para os lugares de Alex Sandro e Cebola, o F.C.Porto voltou a acelerar, a tomar conta do jogo, voltou o futebol bonito, belas jogadas, vistosas triangulações, marcamos um golo, por Janko - à ponta-de-lança - e merecíamos, pela qualidade, domínio e oportunidades, ter marcado mais um ou dois.

    Resumindo, foi um belo Porto e embora o grau de dificuldade não tenha sido muito elevado, deu para ver que com Lucho a equipa cresce. Não perde tantas bolas, tem mais posse, ganha alguém que sabe aparecer para finalizar, maturidade, um líder dentro do campo. Esperemos que, definitivamente, o mau tempo não volte. Há muita qualidade neste plantel do F.C.Porto. Ainda iremos a tempo? Não sei, mas uma coisa é certa, temos de fazer a nossa obrigação, ganhar os jogos e no fim fazem-se as contas.

    Abraço

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