terça-feira, 1 de novembro de 2011

DEPLORÁVEL E VERGONHOSA EXIBIÇÃO

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Se na época passada se dizia, com toda a propriedade, que a equipa do FC Porto, nas suas prestações na Liga Europa, possuía nível para a Liga dos Campeões, esta temporada pode muito bem afirmar-se que nem para a Liga Europa esta equipa tem bagagem.

Hoje, mais uma vez, a exibição portista foi de uma vulgaridade tão abissal que não deixa margem para quaisquer dúvidas, ainda por cima frente a um adversário sem credenciais internacionais (trata-se do 78º do ranking do futebol europeu!). Quem perde desta forma categórica contra o Apoel, meus amigos, não merece participar nas provas europeias.

O FC Porto de hoje, foi um conjunto de jogadores sem ambição, sem classe, sem organização, incapazes de realizar dois passes certos seguidos, de rematar na direcção da baliza (dois remates saíram, imagine-se pelas linhas laterais!), duma vulgaridade tal que envergonharam o futebol nacional e desprestigiaram o emblema que ostentaram.

Frente a uma equipa consciente das suas debilidades, que por isso usou do cinismo italiano, fechando os espaços, com inteligência e organização à espera dos habituais e inúmeros  erros da equipa teoricamente mais forte, os Dragões mostraram-se incapazes de criar desequilíbrios, não conseguindo, durante todo o jogo, importunar verdadeiramente o guarda-redes cipriota.

Os azuis e brancos tiveram mais posse de bola, mas nunca souberam o que fazer com ela. Trataram-na da pior maneira possível, praticando um «futebolzito» de trazer por casa, daquele que já nem nos jogos entre amadores se vê.

O Apoel aproveitou bem a desarrumação e desorientação portista, começando a construir a vitória muito cedo. Tenho na retina três ocasiões em que os cipriotas poderiam ter marcado. A primeira num remate perigosíssimo que Helton defendeu, com a bola ainda a roçar no poste, a segunda num lance interrompido erradamente pelo árbitro auxiliar, quando Aílton  se isolava na direcção da baliza e a terceira numa intervenção faltosa de Rolando, dentro da área, que o árbitro não sancionou. Com tanta «abébia», o golo na sua baliza haveria de chegar, antes do intervalo, a castigar falta de Mangala, dentro da área.

O FC Porto foi para as cabines com um resultado lisonjeiro. Apesar de ter tido mais a bola foi sempre inconsistente e irritantemente incompetente.

Na segunda parte nada se alterou até aos 60 minutos, altura em que Vítor Pereira entendeu chamar ao jogo James Rodríguez e Guarín. James mexeu um pouco com o futebol portista, que finalmente começou a dar uma imagem menos desoladora, conseguindo inclusivamente, cavar o penalty que haveria de dar a igualdade, a apenas um minuto do fim. Empate completamente injusto face ao que se estava a passar dentro das quatro linhas. 

Contudo, no minuto seguinte, Manduca sentenciou o resultado final, colocando alguma justiça no resultado, num golo de contra-ataque bem delineado e muito consentido pela defesa portista. Creio que a saída de Fernando foi mais uma calinada do treinador portista.

Derrota preocupante, que não sendo ainda decisiva, coloca o FC Porto numa posição ingrata e delicada, principalmente se tivermos em conta o nível de exibições produzidas, que não auguram nada de bom para as próximas jornadas. Os Dragões estão proibidos de perder mais pontos.

Hoje foi tudo tão mau que destaques só se fosse pela negativa. Fico-me por aqui...

4 comentários:

  1. “Agressivos e confiantes para conseguir a vitória” – dizia o nosso treinador na antevisão ao jogo. Pois seria o expectável para uma equipa de um Clube que nos habituou a dar cartas na Europa. E o que é que se viu? Um conjunto apático, sem ideias, sem uma estratégia definida alicerçada numa táctica coerente. Meteu dó ver a exibição da nossa equipa. Uma vergonha!

    Equipa sem dinâmica, jogadores sem ligação a fecharem linhas de passe e a fugir da bola como o anjo do diabo. Nem uma jogada de perigo criada na baliza adversária! Fragilidade confrangedora a todos os níveis. Triste imagem de uma equipa que há bem pouco tempo encantou a Europa! Sinto-me envergonhado.

    Este FC Porto é um farrapo. O nosso FC Porto é uma caricatura do da época passada. Numa coisa VP teve acção irrefutável: destruiu uma equipa. Eu disse há 15 dias que esta equipa “não tem ponta por onde se pegue”. É óbvio que, infelizmente, mantenho o que disse. Só não vê quem não quer, mas vai haver quem continue a vislumbrar no horizonte o impossível: “na próxima é que é, vamos dar a volta por cima, vamos estar com o treinador porque ele precisa de apoio”. O que ele precisa é de ir embora, com ele não vamos a lado nenhum. Por que razão continuar “a bater no molhado”? Já se viu que o esforço não é suficiente; Vítor Pereira não alcança porque não sabe, não tem estaleca para estas andanças. Vamos insistir no quê, na asneira? Vamos insistir em enterrar cada vez mais esta equipa? Há um mês diziam alguns (logo torpedeados pelos iluminados…) que se não se fizesse algo, poderia em breve ser tarde. Cá está; agora JÁ É TARDE, a Liga dos Campeões foi à vida… A equipa mais cara de sempre, ficar… fora da CL! E cair aos pés dum “otsider”, um conjunto fraquíssimo!

    Uma equipa com nome na Europa ser dominada por uma da 3.ª divisão, sem nome, sem categoria! Afinal o “franganote” vestia de azul-e-branco. É uma vergonha para o nosso Clube. E, por falar em vergonha: já que os que contrataram VP para treinador têm, agora, vergonha de o despedir, ele (Vítor Pereira) que assuma a sua incapacidade; que não tenha vergonha de aceitar que não pode, não tem condições de continuar à frente desta equipa. É um homem honesto, que se comporte como tal.

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  2. Parabéns, Amigo. O título ao post é o mais adequado. Sem dúvida.

    O discurso do Vítor Pereira, após o jogo, deixou-me de boca aberta! Eu não me atrevo ou não quero pôr em causa a sua sanidade mental. Mas, ao ponto a que isto chegou, ao descalabro em que encontramos a equipa, esta dissertação leva-me a pensar que o homem está de tal maneira implicado e esmagado pelo desastre que já nem sabe o que diz…

    Gostava de acrescentar o seguinte ao meu comentário anterior, transcrevendo, desde já, algo que li noutro sítio:
    “O plantel parece um conjunto de miúdos, ao invés de uma equipa, que é aquilo que deveria ser. É triste, entediante. Jogam mal, discutem entre si, andam “perdidos” dentro das quatro linhas… O treinador não ajuda, é certo. Mas a culpa não é totalmente dele, falta empenho por parte do plantel.”

    Sim, a teoria da conspiração já aflorou nos meios portistas. É perfeitamente plausível. Mas eu pergunto: quem é o chefe, quem tem a obrigação de ultrapassar todos os boicotes, todas as manhas, quem tem o dever de matar à nascença toda a revolta, quem tem a missão de liderar (o mesmo que COMANDAR, GOVERNAR, CHEFIAR, DIRIGIR…) o grupo? Em suma, num plantel de futebol que MANDA, QUEM ORIENTA, QUEM TRAÇA CAMINHOS? A resposta não é para adivinhar…

    Já agora, brincando um pouco (para descontrair) com bocas trocadas em certo blogue e que desculpe quem se sentir atingido com a brincadeira:
    Hoje tive visitas para verem o jogo comigo. Ainda não íamos no meio da primeira parte e já os meus convidados me mimoseavam com depreciações à exibição do FC Porto. Não resisti e chamei-lhes vil “gentalha” (tivessem ou não razão na apreciação ao jogo, tiveram de levar, por… tabela). Ainda mais os lixei quando lhes fui buscar uns pacotinhos… de pipocas.

    Abraço.
    BIBÓ PORTO!

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  3. Bom dia,

    Ontem tivemos uma prestação vergonhosa no Chipre.

    Algo se passa no seio do grupo.
    Será que os jogadores querem fazer a "cama" a VP?
    Ou será VP assim tão mau treinador?
    O segredo para se singrar numa grande equipa é saber conduzir homens e a sua preparação e recuperação físicas.

    Há que corrigir o que está errado, e Pinto da Costa mais do que ninguém sabe o que se passa.

    Não nos podemos dar ao desmazelo e ter uma época igual à de 2004/2005.

    Abraço e boa semana

    Paulo

    pronunciadodragao.blogspot.com

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  4. Não há palavras para descrever o que se passou ontem em Nicósia. Se já não eram abundantes depois das exibições em São Petersburgo e, depois, no Dragão, fiquei ontem sem qualquer aspecto positivo para apontar em relação a esta nossa caminhada na Liga dos Campeões.

    Pior(!!!) são as palavras do nosso treinador(?), mas como ele próprio disse "não temos nada a ver com isso".

    Há que mudar, há que mudar e tem de ser rapidamente, porque só temos mais dois jogos pela frente e - se queremos marcar mais uma presença nos oitavos-de-final - não podemos vacilar em nenhum dos encontros.

    Um abraço

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