quarta-feira, 10 de novembro de 2010

RECORDAR É VIVER

Utilizando um termo bastante popular, posso dizer que a minha filiação ao Clube do coração, «já tem barbas».

Começou, ainda mal sabia andar, fruto da opção paterna e da proximidade da residência com o estádio das Antas.

Membro de uma família numerosa, o aspecto financeiro acabou por falar mais alto e no momento de perder a benesse da gratuitidade que o FC Porto oferecia aos seus associados infantis, a desvinculação tornou-se inevitável.

Aqui fica um dos meus cartões de sócio desse tempo, que ilustra a própria história do cartão de associado do FC Porto. Não sei precisar com exactidão, mas julgo tratar-se do meu último cartão com a categoria de infantil, do fim da década de 50. 
frente e verso

Produzido em cartolina, este cartão garantia a entrada gratuita em todas as manifestações desportivas realizadas nas instalações do Clube, nas diversas modalidades.

O interregno forçado durou até ao momento em que a viabilidade económica permitiu o meu regresso. Das primeiras mesadas reservei o montante necessário para voltar ao seio da minha segunda família, a portista, que aconteceu em Outubro de 1969. 

Daí para cá, tem sido uma ligação que desejo para toda a vida.

Abaixo apresento o cartão dessa época:
frente e verso

Produzido em papel, posteriormente plastificado, o cartão tornou-se mais prático, com bolsa própria para colocar eficientemente o recibo da quota, mais higiénico e mais resistente. A sua exibição permitia a entrada gratuita em todas as modalidades.

São duas peças (entre outras) que guardo religiosamente, no meu baú de memórias.

Faseadamente darei a conhecer todos os restantes que me foram atribuídos neste percurso de associado, ilustrando a curiosa evolução e história do cartão de associado.

4 comentários:

  1. Também guardo o meu último, com o número 20 mil e uns pozinhos...

    No início da época, como as coisas pareciam não ir correr bem, estive prestes a regressar...

    É, contudo, uma hipótese em aberto.

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  2. Também guardo os meus...
    Este post deu-me até uma ideia, pois, embora com algumas hipóteses de outras coisas, que guardo então para depois, e como não sabia bem o que pôr no meu blog, assim vou lá por essas recordações.
    Abraço

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  3. Esse do infantil não é do meu tempo, o meu primeiro, 1970, é parecido com o segundo, mas mais comprido e mais baixo com uma assinatura do Pinto de Magalhães, pequenina.

    Somos da velha guarda, do tempo das secas, por isso às vezes não reagimos lá muito bem a alguns destes novos portistas, tão ansiosos, sem paciência, que ameaçam desistir logo ao primeiro desaire...

    Um abraço

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  4. Fabuloso. Eu só guardei um dos anos 80, já plastificado, da copinaque (marca de papel, como a famosa fomulária). É uma emoção ver estes dois cartões. Emoção mesmo. Obrigado por partilhar.

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