terça-feira, 22 de outubro de 2013

NÃO APROVEITAR AS OPORTUNIDADES SAIU CARO















FICHA DO JOGO


























EQUIPA TITULAR























Da esquerda para a direita: Helton, Fernando, Jackson MArtinez, Mangala, Danilo e Otamendi; Em baixo: Herrera, Licá, Lucho Gonzalez, Alex Sandro e Josué.

O FC Porto está decididamente a disputar esta edição da Champions League sob o signo do infortúnio. Mais uma vez, a jogar no Dragão, a equipa teve de lutar contra um conjunto de contrariedades de que o futebol é fértil, ainda que  menos frequentes em jogos consecutivos. As grandes equipas têm que estar preparadas para tudo e hoje, apesar do resultado, os azuis e brancos mostraram a sua raça e sobretudo uma grande vontade de lutar contra as adversidades.

Paulo Fonseca apostou em Herrera e Licá, no onze titular e não foi feliz. Primeiro porque o médio mexicano, fruto da sua inexperiência, só conseguiu estar 6 minutos em campo, sendo expulso por acumulação de amarelos, num curto espaço de um minuto! O primeiro na sequência de uma falta cirúrgica a evitar que Hulk entrasse na área em condições de fazer golo e o segundo por ter saído extemporaneamente da barreira, na sequência da marcação do respectivo livre.























Falta que originou 1º amarelo

A jogar com menos um a partir do 6º minuto, a estratégia alterou-se desde logo. Josué que começou junto à ala direita, recuou para o meio campo, ficando a linha avançada restringida a Jackson e Licá.

Pode dizer-se que a equipa reagiu bem, passando para uma toada de maior controle, dando a iniciativa do jogo ao adversário que tinha em Hulk a peça desequilibradora em maior evidência. Mas foi o FC Porto que esteve primeiro mais perto do golo num remate intencional, de fora da área, por Lucho Gonzalez, que viu a bola esbarrar no ferro com estrondo, para na recarga Licá falhar o pontapé de bicicleta.

O jogo  foi para intervalo  com a equipa portista em missão de grande solidariedade e sacrifício, mas com o jogo perfeitamente controlado. 

No segundo tempo o domínio da equipa russa intensificou-se, em função da sua maior pressão ofensiva e do natural desgaste portista. Fernando foi um autêntico «polvo» a aparecer em todos os sítios com raça e autoridade. A manobra ofensiva tornou-se mais escassa e muito prejudicada pelo desacerto do passe. A ligação meio campo - ataque pecava então por alguma falta de discernimento.  Era necessário fazer alguma coisa antes que fosse tarde de mais. Aos 53 minutos Varela rendeu Licá e o «Drogbá da Caparica» começou a impor mais respeito aos defensores contrários.

Aos 57 minutos, num disparate escandaloso de Otamendi, Hulk  roubou-lhe a bola, caminhou isolado para a baliza, mas Helton correspondeu com uma grande defesa com os pés, evitando um golo quase certo.

A área portista passou por um período de maior assédio, com Hulk sempre endiabrado, mas sempre que podiam os jogadores azuis e brancos lá tentavam a sua sorte. Foi assim aos 79 minutos com Silvestre Varela a imitar Hulk, numa deambulação da esquerda para o centro e remate forte que esbarrou, mais uma vez, no ferro. Perdia-se assim mais uma grande oportunidade para chegar à vantagem no marcador.

Em alta competição quem não marca arrisca-se a sofrer. Foi o que aconteceu. Kerzhakov, acabadinho de entrar, recebeu na área portista um cruzamento de Hulk, e entre os centrais desviou de cabeça para o golo. Balde de água fria quase no final do jogo. A equipa não esmoreceu, pelo contrário, nos derradeiros momentos tentou tudo para chegar ao empate. Jackson, Ghilas e Varela, puseram à prova a categoria do guarda-redes Lodygin, que correspondeu sempre de forma superior.

Segundo grande teste, segunda derrota, ambas com o sabor amargo do infortúnio.

Face às circunstâncias, pode dizer-se que a equipa tentou sempre lutar e remar contra a maré, nem sempre bem, nem sempre inteligentemente, patenteando algumas lacunas importantes que são ainda mais determinantes neste tipo de competição. Não chega vontade, raça e determinação. É necessária muita competência, cabeça fria e bom desempenho técnico. Nesse particular tenho que destacar a grande exibição de Fernando, o melhor jogador portista em campo seguido de Varela. Pena o extremo não jogar sempre assim.






































A qualificação para a fase seguinte fica agora mais complicada, mas ainda ao alcance da equipa. Nada está perdido, mas vai ser necessário um pouquinho de sorte.

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