sexta-feira, 18 de maio de 2012

BALANÇO DA ÉPOCA 2011/12 - V PARTE

PLANTEL - LINHA AVANÇADA

12 HULK - Foi não só o melhor jogador do FC Porto como também o melhor do Campeonato, reconhecido e premiado em quase todos os meses. Marcou, assistiu, jogou no flanco, jogou no eixo do ataque, quase sempre em grande nível. Merecia ter tido a oportunidade de poder lutar pela «bola de prata», no último encontro, mas VP foi desmancha prazeres. É o jogador portista mais valioso, a estrela mais luminosa do firmamento azul. Provavelmente terá feito a sua última época de dragão ao peito, embora Pinto da Costa tenha prometido ir até onde puder para o manter no plantel. Jogou 3.156 minutos (3º melhor registo, atrás de Helton e Moutinho) distribuídos por 39 jogos (26 CN; 1 TP; 2 TL; 1 ST; 1 STE; 6 CL e 2 LE). Foi o melhor marcador portista com 21 golos marcados (16 CN; 1 TL e 4 CL);
20 DJALMA - Jogador interessante, veloz e com capacidade para ajudar na defesa do seu corredor. Denota alguma timidez, pouco poder de choque e pouca precisão no remate. Falha muitos golos com a mesma facilidade com que cria espaços para os concretizar. Pode ser um elemento de muita utilidade se conseguir corrigir estes defeitos. Jogou 913 minutos distribuídos por 19 jogos (14 CN; 1 TP; 1 TL e 3 CL);

17 SILVESTRE VARELA - Fez uma época muito apagada. Muito desconcentrado, pouco motivado e aparentemente em fracas condições físicas. Foi uma sombra de si mesmo. Apareceu mais afoito no último terço do campeonato, quiçá piscando o olho a Paulo Bento, a pensar no Euro/2012. Será que se andou a poupar? Não acredito, mas que parece...! Jogou 1.920 minutos em 36 jogos (21 CN; 2 TP; 1 ST; 3 TL; 1 STE; 6 CL e 2 LE);

27 - ITURBE - Rotulado de pequeno Messi, o jovem jogador argentino foi «guardado» a sete chaves para ser «trabalhado» nos bastidores, em termos de adaptação ao futebol europeu. Por isso não teve grandes oportunidades para demonstrar as qualidades que dizem possuir. Teve a primeira oportunidade em Outubro, no jogo da Taça de Portugal, mas as expectativas saíram goradas. Muita ansiedade de se mostrar acabou por redundar numa performance irregular, ainda que mostrasse alguns bons pormenores. Jogou apenas meia parte. Voltou a jogar esporadicamente mas sem ritmo nem tempo para uma correcta avaliação. Vai ter de trabalhar muito para ter novas oportunidades. Completou apenas 149 minutos divididos por 7 jogos (4 CN; 1 TP e 2 TL);
11 KLÉBER - Considerado um jogador de largo potencial, chegou convencido que iria aprender muito com Falcao mas o colombiano não lhe deu essa hipótese. Foi assim lançado às feras e acusou a responsabilidade de substituir o melhor ponta de lança do Mundo. Começou a marcar alguns golos que o levou à selecção do Brasil, mas a ansiedade provocou-lhe uma prolongada seca  que o afastou da titularidade. É um jogador inexperiente que precisa de muita atenção. Tem qualidades que bem trabalhadas poderão fazer dele uma estrela, como ficou patente no hat-trick que conseguiu no último jogo do campeonato. Jogou 1.828 minutos em 33 jogos (21 CN; 1 TP; 1 ST; 3 TL; 1 STE; 5 CL e 1 LE);

18 WALTER - Mais uma época para esquecer onde não foi capaz de dar garantias ao treinador. Jogador pesado, terá pensado que a saída de Falcao traria a sua grande oportunidade e desanimou quando verificou que a aposta recaiu sobre Kléber. Levou novo choque quando não foi inscrito para a CL. Apareceu na 7ª Jornada e marcou 1 golo, fez o jogo da Taça de Portugal marcando 4 golos mas nunca demonstrou capacidade para se impor. Acabou emprestado ao Grémio do Brasil onde a irregularidade tem sido uma constante. É nitidamente um erro de casting. Jogou 442 minutos em 8 jogos, 2 como titular (6 CN e 2 TP);

29 MARC JANKO - Contratação de Inverno, o longilíneo avançado austríaco veio para colmatar a saída de Walter e simultâneamente tentar resolver o problema da época, a falta de um eficaz ponta-de-lança. Começou bem mas cedo se percebeu tratar-se de um atleta pouco móvel e de grandes deficiências técnicas. Embora a sua envergadura possa ser benéfica para a equipa, não é a solução desejada. Jogou 888 minutos em 12 jogos (10 CN e 2 TL);

19 JAMES RODRÍGUEZ - Tornou-se numa das maiores estrelas da equipa. O puto é mesmo craque. Quando em boa forma física, o seu talento emerge e espalha o perfume do seu futebol. É o artista da companhia. Para ser um caso sério do futebol mundial necessita, naturalmente de mais experiência e uma regularidade exibicional que ainda não tem. Foi importante nos jogos decisivos da época. Embora o seu discurso seja de fidelidade ao Clube, este é um dos que a todo o momento pode dar o salto. Mercado não lhe falta. Jogou 2.598 minutos distribuídos por 38 jogos (26 CN; 1 TP; 3 TL; 6 CL e 2 LE);
10 CRISTIAN RODRÍGUEZ - Em final de contrato, o uruguaio bem tentou seduzir VP, mas as suas exibições foram quase sempre marcadas por muita correria mas pouco discernimento. Trapalhão e precipitado estragou mais do que construiu. Perto do final da temporada teve um episódio de indisciplina que precipitou a sua saída. Foi dispensado «para tratar de assuntos pessoais», segundo a voz oficial. Não deixa saudades. Jogou 804 minutos em 17 jogos (10 CN; 1 TP; 3 TL; 1 STE; 1 CL e 1 LE);

9 RADAMEL FALCAO - Depois de um defeso aparentemente calmo e com vários discursos onde manifestou a ideia de querer continuar a fazer parte do plantel, o seu comportamento mudou radicalmente logo a seguir ao primeiro jogo da época, para a Supertaça, em que o colombiano já só jogou os últimos 24 minutos. Jogou também os últimos 22 minutos do jogo da primeira jornada do campeonato, em 14 de Agosto de 2011. Seis dias depois estava em Madrid a assinar contrato com o Atlético! Rendeu bom dinheiro aos cofres portistas, mas em termos meramente desportivos foi uma flagrante derrota. Não sei quando a «varinha mágica» de Pinto da Costa vai descobrir um substituto de qualidade similar!


CN = CAMPEONATO NACIONAL
TP = TAÇA DE PORTUGAL
ST = SUPERTAÇA CÂNDIDO DE OLIVEIRA
TL = TAÇA DA LIGA
STE = SUPERTAÇA EUROPEIA
CL = CHAMPIONS LEAGUE
LE = LIGA EUROPA

(VI PARTE - GOLEADORES PORTISTAS)

1 comentário:

  1. caríssimo Rui,

    enorme balanço de época.
    não faltou nada e concordo com tudo o que foi escrito - excepto no Djalma (o meu "odiozinho" de estimação) e no Iturbe (deveria ter tido mais oportunidades).

    em suma:
    parabéns! ;)

    abr@ço
    Miguel | Tomo II

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