domingo, 6 de novembro de 2016

HERRERA, O AMIGO DA GALINHA CHOCA!

















FICHA DO JOGO






























O FC Porto voltou a falhar num jogo em que a vitória era o único resultado que interessava para diminuir a distância pontual para o líder, para além de todos os outros motivos históricos.

Nuno E. Santo, terá sido o principal responsável por mais este passo atrás, no momento em que não teve o «filling» correcto nas substituições, especialmente na última, em que colocou em jogo um atleta que tem o condão de estragar muito mais, com lances verdadeiramente despropositados e até displicentes do que aproveitar, ainda que de vez em quando lá consiga tirar um coelho da cartola. Hoje foi o «provocador» de um resultado negativo, já em cima do último minuto de compensação, entregando o ouro ao bandido que nada fez para merecer tal oferta.

Aliás, senti-me ludibriado duas vezes. Primeiro porque era suposto assistir a um jogo entre Dragões e águias e afinal as aves de rapina trasvestiram-se de galinhas chocas. Finalmente porque a presença de Herrera no banco fez-me acreditar que o técnico portista tinha finalmente aberto a pestana.























Os azuis e brancos rubricaram uma exibição bastante positiva durante cerca de uma hora, banalizando o seu adversário, mas como de costume a ineficácia foi o calcanhar de Aquiles.

Depois de chegar à vantagem no marcador, com todo o mérito, a equipa baixou as linhas, perdeu intensidade e acreditou ser capaz de suster a débil reacção da equipa do regime.
























Nuno E. Santo foi fazendo as alterações, mas ao contrário de outras alturas não foi muito feliz. Não leu bem o jogo, permitindo que os lampiões tivessem mais a bola ainda que sem grande convicção.

Mas a maior borrada na escritura foi quando decidiu colocar o mexicano Herrera já perto do final do jogo (87'), para tirar o marcador do golo, Diogo Jota. Decisão desastrada como acabaria por se verificar. Herrera, para além de não ter acrescentado nada ao jogo, acabou por ser o carrasco de uma equipa que não merecia este castigo. Lance completamente inconcebível, demonstrativo de elevada dose de displicência, para além de falta de inteligência (pontapé deliberado pela linha de cabeceira, na esperança que a bola batesse num adversário e assim ganhar um pontapé de baliza, quando o bom senso aconselhava uma outra solução). Do canto resultou o golo do empate.
















A conclusão a tirar deste jogo é que esta equipa está longe de poder aspirar ao título (todos sabemos que não nos basta ser melhores, temos que ser muito, mas muito melhores). É demasiado ingénua, falha muito nos momentos cruciais e parece não ter um timoneiro com visão e astúcia para levar a nau a bom porto.

Falta muito campeonato, é verdade, mas pelo andar da carruagem...

Melhores em campo: A massa adepta.


quinta-feira, 3 de novembro de 2016

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 166













TONI - Goleador Nº 166

Apontou 8 golos em 34 jogos com a camisola da equipa principal do FC Porto, durante as três temporadas ao seu serviço como profissional (1991/92 a 1993/94).

Nélson António Soares Gama (Toni), nasceu no dia 2 de Agosto de 1972, em Bissau, Guiné. Chegou ao FC Porto na temporada de 1989/90 para integrar a equipa de Júniores A (Sub-19), dando mostras de se tratar de um goleador nato, tendo mesmo sido figura de destaque da selecção nacional, aquando do Campeonato Mundial de Sub-20, disputado no nosso país em 1991, altura em que Portugal se sagrou Campeão Mundial pela 2ª vez.

Toni foi internacional Sub-20, em 6 jogos com dois golos obtidos e internacional Sub-18, por duas vezes.

Foi integrado no plantel principal do FC Porto na temporada de 1991/92, sob a orientação técnica do brasileiro Carlos Alberto Silva.

























A sua estreia oficial com a camisola da equipa principal do FC Porto aconteceu no dia 25 de Setembro de 1991, no Estádio das Antas, frente ao Sporting, em jogo da 1ª jornada do Campeonato nacional, que terminou com um empate sem golos. Toni foi chamado ao jogo a partir do minuto 54, a render Folha, numa frente de ataque que contou também com Mihtarski, num 4x4x2.

A foto que se segue refere-se ao jogo realizado no Estádio das Antas, no dia 27 de Dezembro de 1992, a contar para a 5ª eliminatória da Taça de Portugal, frente ao Juventude de Évora, com vitória por 4-0 e em que Toni foi titular, durante os 90 minutos e marcador do 1º e 3º golos da equipa.
























Jogador rápido e com faro de golo, Toni sentiu sempre grandes dificuldades para se impor e por isso nunca foi um jogador determinante na equipa. Aparecia pontualmente, nem sempre capaz de fazer despontar as suas reais qualidades, pelo que as oportunidades foram sendo cada vez mais escassas. A mudança de treinador também não foi benéfica para ele. O croata Tomislav Ivic era um grande adepto do povoamento do meio-campo, privilegiando o contra-ataque, sistema que não se coadunava com as características do avançado portista. Ainda assim continuou a fazer parte do plantel, mas acabou cedido ao SC Braga, em Janeiro de 1994, tendo aí concluído a época, ao contrário do técnico que foi substituído por Bobby Robson.











Antes de fechar a sua carreira representou ainda o Beira-Mar (1994/95), o Salgueiros (1995/96 a 1997/98), o Marítimo (1998/99), o Burgos de Espanha (1999/00), o Leça (2000/01), o Vilanovense (2002/03) e finalmente o RM  Hamm Benfica, do Luxemburgo (2003/04 e 2004/05).

Palmarés ao serviço do FC Porto (3 títulos):
2 Campeonatos Nacionais (1991/92 e 1992/93)
1 Supertaça Cândido de Oliveira (1992/93)

Fontes: Almanaque do FC Porto de Rui Miguel Tovar e ZeroaZero.pt

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

TRIUNFO ESCASSO MANTÉM CHAMA ACESA

















FICHA DO JOGO































O FC Porto repetiu a vitória frente ao campeão belga, dando mais um passo importante rumo ao apuramento para os oitavos-de-final da Liga milionária, apesar de mais uma exibição pouco convincente.

A nota de destaque vai para o regresso de Maxi Pereira ao onze titular, única alteração promovida pelo técnico Nuno E. Santo, que deixou no banco o mexicano Miguel Layún.
























O jogo decorreu um pouco como se esperava, com os Dragões a chamarem a si o controlo do jogo, perante um adversário que durante a primeira parte ficou muito remetido ao último terço do campo no sentido de suster a maior avalanche atacante portista.

Porém, o domínio da equipa azul e branca raras vezes conseguiu assustar a boa organização defensiva belga, muito por culpa do seu futebol pouco consistente, desligado e incoerente. Os jogadores portistas perderam muitos lances pela deficiente definição, exagerando nos passes em profundidade muito mal medidos, permitindo ao adversário um relativo conforto na defesa da sua área.

Os lances mais perigosos saíram de lances de bola parada, nomeadamente de dois livres marcados por Alex Telles, um dos quais embateu no ferro e do pontapé de canto do qual resultou o golo, marcado por André Silva que desviou de cabeça, com a bola a ressaltar ainda na cabeça de um defesa.





















Fora isso o FC Porto não conseguiu construir lances promissores face à postura aguerrida da equipa visitante.

O segundo tempo teve uma performance bastante diferente. Os belgas entraram mais determinados na procura do golo do empate, obrigaram o FC Porto a baixar as suas linhas e começaram a ameaçar a baliza de Casillas.

Nuno E. Santo resolveu então tentar corrigir, fazendo entrar Rúben Neves para o lugar de Herrera (mais um jogo muito pobre do mexicano) na tentativa de dar mais consistência ao meio-campo. A equipa melhorou um pouco e depois da entrada de Corona os Dragões criaram um conjunto de boas situações para dilatar o marcador que só a ineficácia no remate o impediram. Layún também foi chamado ao jogo para substituir Otávio (outro elemento a perder fulgor), mas também ele entrou com a pontaria desafinada.

Vitória tão justa quanto escassa, perante um adversário que dificultou bastante e obrigou a equipa portista a trabalho defensivo pouco habitual.

O FC Porto ocupa agora a 2ª posição isolado, com 7 pontos, contra 10 do Leicester (1º) e 5 do Copenhaga, próximo adversário.

Ivan Marcano e Danilo Pereira foram os mais regulares e André Silva, com mais este golo subiu ao 128º lugar do ranking dos goleadores portistas, agora com 13 golos (10 nesta temporada).

sábado, 29 de outubro de 2016

FALHANÇOS AFASTAM EQUIPA DO OBJECTIVO


















FICHA DO JOGO





























O FC Porto desperdiçou hoje uma boa oportunidade para se distanciar de um dos seus rivais e manter-se na luta pelo título, não deixando fugir o outro. Ora o empate averbado no Bonfim complicou a vida dos Dragões que agora vão receber o principal candidato ao título em condições de nenhum conforto.

Nuno E. Santo voltou a apostar no onze titular que parece ser o que lhe garante mais confiança, fazendo regressar à equipa o médio Otávio que esteve ausente do jogo anterior por lesão.
























Os Dragões que tinham de vencer para continuar a acalentar esperanças de luta pelo título, não foram capazes de produzir uma exibição aceitável, suficientemente capaz de poder ultrapassar as duas equipas com que habitualmente se tem de confrontar em cada jogo.

Em resumo posso adiantar que do jogo de hoje só gostei de duas coisas, que até nada têm a ver com o jogo jogado. Refiro-me ao forte apoio dos adeptos portistas que em Setúbal conseguiram ser mais numerosos que os da casa



















 
e também ao equipamento do guarda-redes Bruno Varela que vestiu todo de azul, numa clara demonstração de extremo bom gosto, a fazer corar de vergonha os autores dos equipamentos alternativos do FC Porto.





















Todo o resto não passou de um conjunto de situações que contribuíram, para um péssimo espectáculo de futebol, desde a mediocridade futebolista patenteada pela equipa do Setúbal, passando pela incrível incapacidade dos jogadores que equiparam de preto e se dizem profissionais de futebol, incapazes de explorar as fraquezas do seu adversário, muito por culpa da falta de critério, organização e pontaria, terminando no deplorável espectáculo proporcionado por mais UM ÁRBITRO DE AVIÁRIO (se é que me faço entender), que levava a lição bem estudada.






































Pouco mais há a dizer deste jogo que de bom futebol foi uma mão cheia de nada e outra da mesma coisa, já que nem as substituições operadas pelo treinador portista alteraram a má prestação da equipa.

A jogar desta forma o mais certo é deixar cavar um fosso pontual irrecuperável e com isso evidenciar a incapacidade frustrante de lutar pelos objectivos traçados no início da temporada.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

GOLEADORES PORTISTAS - nº 165














MIHTARSKI - Goleador Nº 165

Apontou 8 golos com a camisola do FC Porto, em 16 jogos, durante uma época e mais alguns meses, na sua curta passagem pelos Dragões (1991/92 e de Julho a Setembro de 1993).

Petar Sotirov Mihtarski, nasceu no dia 15 de Julho de 1966, em Blagoevgrad, Bulgária. Começou a ter os primeiros contactos com a bola no clube da sua terra natal, o F. C. Pirin, onde jogaria como titular da equipa principal desde Julho de 1983 a Junho de 1989. No seu ano de estreia fez apenas 8 jogos, assinando 4 golos, mas nas temporadas seguintes conquistou o lugar, marcando sempre para cima de 10 golos por época.

No Verão de 1989 assinou pelo PFC Levski Sofia, apontando 24 golos na sua primeira época, vencendo a Taça da Bulgária.

Chegou ao FC Porto em Julho de 1991 para dar luta à dupla maravilha constituída pelo seu compatriota Emil Kostadinov e Domingos Paciência.

























A sua estreia oficial de Dragão ao peito aconteceu no dia 25 de Agosto de 1991, no Campo António Coimbra da Mota, frente ao Estoril, com vitória portista por 2-0, em jogo da 2ª jornada do Campeonato nacional.

Já tinha actuado porém na pré-epoca conforme documenta a imagem que se segue, relativa ao torneio Tereza Herrera:

























O seu primeiro golo foi conseguido na jornada seguinte, frente ao Torreense, no Estádio das Antas, na goleada por 5-0. O avançado búlgaro apontou o 2-0, num jogo em que deu o lugar a Domingos, a partir do minuto 65. Por curiosidade, quer o seu compatriota Kostadinov, quer o avançado português que o substituiu também marcaram nesse jogo.

A concorrência era de peso e a Mihtarski não restou senão tentar aproveitar as poucas oportunidades que o técnico brasileiro Carlos Alberto Silva lhe ia proporcionando, cada vez mais com menos frequência, face ao bom entendimento entre os seus dois companheiros.

O avançado búlgaro passou a render menos e daí a sua cedência, por empréstimo ao Famalicão durante a temporada de 1992/93.

Regressou na temporada seguinte mas por pouco tempo. O técnico croata Tomislav Ivic utilizou-o em dois jogos, o primeiro em 11 de Setembro de 1993, no jogo da 3ª jornada do campeonato nacional, efectuado nas Antas, frente ao Famalicão, quando foi chamado a substituir Kostadinov aos 45 minutos. O resultado não foi além de um empate sem golos. Quatro dias depois, a última aparição de Dragão ao peito, na condição de titular, para a Liga dos Campeões, no Estádio das Antas, frente à equipa maltesa do Floriana, tendo sido substituído por Jorge Couto, aos 68 minutos, jogo que terminou com o resultado favorável de dois golos sem resposta.










Ivic entendeu tratar-se de um jogador dispensável e por isso o FC Porto voltou a emprestá-lo novamente ao Famalicão, onde jogou de Outubro a Dezembro de 1993.

Em Fevereiro de 1994 o FC Porto rescindiu com Mihtarski que aproveitou para regressar ao seu país e ao seu clube de formação, o FC Pirin, onde jogou até ao termo da época de 1994. Depois jogou ainda no CSKA Sofia (1994/95 e de Janeiro a Junho de 1996), no RCD Mallorca (Julho a Dezembro de 1995), no VFL Wolfsburg (1996/97), no FC Pirin (1998/99 e 1999/2000) e finalmente no Levski Sofia (2000/01).

Palmarés ao serviço do FC Porto (2 títulos):

1 Campeonato nacional (1991/92)
1 Supertaça Cândido de Oliveira (1990/91)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Worldfootball.net

terça-feira, 25 de outubro de 2016

DRAGÕES DE OURO 2016



O FC Porto homenageou ontem, num espectáculo que decorreu no Coliseu do Porto, quem mais se destacou na época de 2015/16, contribuindo para o engrandecimento de Clube.

Cerimónia de grande qualidade e elevado fervor clubista, a que não faltou a excelente contribuição de artistas de renome convidados, nomeadamente Alberto Índio, Sofia Escobar, o grupo musical Os Deolinda, Aurea, Pedro Abrunhosa e Nuno Norte, para além dos comediantes, Óscar Branco e Joana Marques e ainda o grupo de Marionetas de João Costa e Tito Pinto.

A gala foi apresentada por muitas das caras conhecidas do Porto Canal, liderados pelo director-geral, Júlio Magalhães. Presentes estiveram figuras destacadas de diversos sectores da vida nacional, cabendo a alguns deles entregar a estatueta aos Dragonados, que foram os seguintes:

Casa do FC Porto - nacional: Cantanhede
Casa do FC Porto - internacional: Long Island (U.S.A.)
Jovem atleta do ano: Sara Filipa Pinto (Boxe)
Atleta amador do ano: Torbjorn Blomdhal (Bilhar)
Atleta de alta competição do ano: Brad Tinsley (Basquetebol)
Funcionário do ano: Jorge Sousa
Carreira: Isabel Aires
Recordação: Luís César
Treinador do ano: Luís Castro
Atleta revelação do ano: André Silva (Futebol)
Futebolista do ano: Danilo Pereira
Atleta do ano: Rui Vinhas (Ciclismo)
Dirigente do ano: Vítor Hugo
Sócio do ano: Dr. Renato Barroso
Parceiro do ano: MEO
Projecto do ano: W52-FC Porto-Porto Canal

A cerimónia encerrou com o habitual discurso de Pinto da Costa seguido do hino do FC Porto.



segunda-feira, 24 de outubro de 2016

ACTUALIZAÇÃO DO RANKING DOS GOLEADORES PORTISTAS

A cadência de golos que os jogadores portistas vão obtendo, aconselha que de vez em quando se proceda a uma actualização do ranking, para esclarecimento dos leitores mais atentos e apreciadores das estatísticas mas também para enquadrar correctamente a rubrica «GOLEADORES PORTISTAS», que semanalmente vem sendo editada neste espaço.

Tendo em conta apenas os atletas que já mereceram chamadas a esta rubrica e que compõem o actual plantel, destaque para a subida vertiginosa do jovem promissor ponta-de-lança André Silva que passou agora a ocupar a 135ª posição, com 12 golos marcados, no conjunto das duas épocas, com uma média interessante de 0,4 golos por jogo, na linha de nomes como Domingos Paciência, Emil Kostadinov, Lisandro Lopez, António Oliveira, José Maria ou Carlos Duarte, o que ilustra bem as potencialidades de um atleta ainda com uma alargada margem de progressão.
















Já  os outros do quadro acima, apresentam uma média bem mais modesta, provavelmente ao nível dos lugares que ocupam no terreno, com destaque para Herrera, que jogando mais atrasado consegue equiparar-se aos restantes.

Óliver Torres e Miguel Layún são os que estão na calha para merecerem a apresentação individual, já que atingiram o patamar dos oito golos, tendo no entanto à sua frente com o mesmo número de concretizações,  mais cinco atletas que envergaram a camisola portista em épocas anteriores e que por isso lá chegaram primeiro.