sexta-feira, 29 de maio de 2015

BALANÇO DA TEMPORADA 2014/15

PARTE I

Como vem sendo habitual neste espaço, o fim da temporada trás consigo a análise dos números finais em jeito de balanço à performance portista ao longo da temporada.

Comecemos pois pelo princípio, que trouxe ao convívio azul e branco novas caras, novas apostas e novas ambições. Pinto da Costa voltou a surpreender ao escolher para responsável técnico um treinador pouco conhecido e com pouca experiência, apostando em Julen Lopetegui, com um currículo ainda escasso (ver aqui)

O plantel conheceu alterações significativas com entradas e saídas de jogadores. Em termos de entradas, foram contratados 16 novos atletas:









































Destes nem todos ficaram no plantel principal, havendo mesmo quem tivesse saído por empréstimo (Sami, Opare e Otávio).

Julen Lopetegui dispensou alguns atletas da temporada anterior e dos mais cobiçados, Mangala e Fernando foram os que não resistiram e abalaram para terras de Sua Majestade, deixando nos cofres portistas uma boa maquia.



















Realce para Sami que nem sequer aqueceu o lugar. Acabado de contratar, fez a pre-época e recebeu guia de marcha.

Na cerimónia de apresentação ainda apareceram Kelvin, dispensado no mercado de Inverno ao Palmeiras, bem como outras figuras da equipa B (ver aqui).

O técnico basco começou por fazer algumas experiências, para conhecer as características dos seus jogadores, imprimindo alguma rotatividade, que terá sido (ou não) responsável pela perda de alguns pontos. O futebol de circulação e posse de bola, tão ao gosto do técnico, foi sendo enraizado, mas erros primários e comprometedores acabaram por atraiçoar todos os objectivos. Foi assim frente ao Benfica, no Dragão, que custou a derrota por 0-2, depois de uma exibição bastante positiva e que acabaria por ser determinante no final das contas; Foi assim frente ao Sporting, também no Dragão, para a Taça de Portugal, com derrota clamorosa por 1-3, implicando a eliminação prematura da prova; Foi também assim na Madeira, contra o Marítimo, no jogo da meia-final da Taça da Liga, com a derrota por 2-1; E foi ainda assim nos quartos de final da Champions League, em Munique, com uma goleada das antigas (6-1), na sequência de falhas clamorosas.

É verdade que a equipa fez uma segunda volta do Campeonato mais regular, com algumas boas exibições e bons resultados, mas na hora de aproveitar as escorregadelas da equipa do regime, não as soube capitalizar e acabou o campeonato com a desvantagem de três pontos, por muita culpa própria, mas também pelo colinho da APAF, que acabou, em termos concretos, por influenciar decisivamente a atribuição do título nacional.




























(Continua)

quarta-feira, 27 de maio de 2015

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 104












ALOÍSIO - Goleador Nº 104

Apontou 18 golos em 474 participações com a camisola do FC Porto, durante as onze temporadas ao seu serviço (1990/91 a 2000/01).

Aloísio Pires Alves nasceu no dia 16 de Agosto de 1963, em Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foi no clube da sua terra natal, o Brasil de Pelotas que começou a dar os primeiros pontapés na bola, aos oito anos de idade mas foi no Sport Club Internacional, também de Rio Grande do Sul, que fez toda a sua formação até chegar aos seniores, em 1985, clube aonde tendo permanecido até 1988, ano em que representou a Selecção nacional do Brasil, nos Jogos Olímpicos de Seul, Torneio em que o Brasil foi derrotado na final pela União Soviética, no prolongamento.

A sua prestação nos Jogos Olímpicos despertou a atenção do Barcelona, que o contratou para a temporada de 1988/89, clube onde permaneceu duas temporadas, colaborando nas conquistas  da Taça do Rei e na prova europeia, Taça dos Vencedores das Taças.






















Chegou ao FC Porto na temporada de 1990/91, por empréstimo do Barcelona, que entretanto tinha contratado outro excelente defesa central, o holandês Ronald Koeman, originando a sua dispensa definitiva na temporada seguinte.

Os Dragões aproveitaram a oportunidade e adquiriram o seu passe, numa ligação que durou mais dez temporadas.

Defesa-central de enormes qualidades, bom posicionamento, excelente na cobertura e na dobragem aos seus colegas, eficaz no desarme e antecipação, bom jogo de cabeça, visão e capacidade técnica acima da média, saía bem a jogar com a bola dominada e ainda foi capaz de fazer dezoito golos, pecúlio pouco vulgar em jogadores da sua posição.

Coleccionou um palmarés invejável (19 títulos), que o coloca na 5ª posição do ranking dos atletas portistas com mais títulos.















Palmarés ao serviço do FC Porto (19 Títulos):
7 Campeonatos nacionais (1991/92, 1992/93, 1994/95, 1995/96, 1996/97, 1997/98 e 1998/99)
5 Taças de Portugal (190/91, 1993/94, 1997/98, 1999/2000 e 2000/01)
7 Supertaças Cândido de Oliveira (1989/90, 1990/91, 1992/93, 1993/94, 1995/96, 1997/98 e 1998/99).

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e ZeroaZero.pt

segunda-feira, 25 de maio de 2015

FEITOS INÉDITOS SÃO PARA SER GLOSADOS

Volto ao histórico heptacampeonato, conseguido este Sábado, pela equipa de andebol do FC Porto, para homenagear uma modalidade que não se cansa de vencer.

Esta foi a mais recente conquista de uma série impressionante, que serviu para confirmar a hegemonia portista na modalidade e reforçar a sua posição como Clube português com mais campeonatos nacionais de andebol, que são agora 20, mais 3 que o Sporting e mais 7 que o ABC.

Recorde-se que o momento é tanto mais espectacular, por ter sido conseguido depois de um longo jejum de 31 anos.

Do plantel portista apenas três atletas participaram em todos os sete títulos:


















PLANTEL CAMPEÃO


domingo, 24 de maio de 2015

HONRA AOS HEPTA-CAMPEÕES




















O FC Porto continua a fazer furor no andebol português. Depois de na época passada já ter cometido a proeza, única em Portugal, de vencer 6 campeonatos consecutivos, acaba de reforçar esse recorde, aumentando para sete campeonatos sempre a vencer.

Pela frente teve a equipa do Sporting, muito aguerrida, que obrigou os Dragões a terem de disputar a 5ª partida, nesta eliminatória final, e mesmo nesta, o título só ficou resolvido, após dois prolongamentos. O resultado que deu o Hepta campeonato  foi de 34-32, o que diz bem do equilíbrio  e emotividade desta finalíssima.

Parabéns a todos quantos contribuíram para mais esta vitória histórica

sexta-feira, 22 de maio de 2015

DRAGÕES FECHAM A ÉPOCA COM EXIBIÇÃO QUASE ANEDÓTICA
















FICHA DO JOGO


























Como era previsível, o FC Porto fechou a época com mais uma exibição desoladora. Nenhuma motivação, pouco empenho, muita displicência, pouca intensidade, velocidade mínima e sobretudo ineficácia a roçar o anedótico.

Só um atleta esteve à altura da sua inegável classe, honrando as cores da camisola que envergou e o emblema que ostentou: DANILO. Parabéns pela atitude, pela raça, pela ambição, pelo inconformismo e pelo belo golo que marcou e fez por merecer. Um jogador à Porto, que apesar de estar com as malas feitas para o Real Madrid, deu uma grande lição de profissionalismo.

Julen Lopetegui apresentou um onze titular com quatro alterações, em relação ao jogo do Restelo. Diego Reyes no lugar de Maicon, José Angel em vez de Alex Sandro, Casemiro, depois de cumprido o castigo, derivando Rúben Neves para a posição 8, deixando no banco Herrera e Quintero em vez de Óliver Torres.


























O jogo começou marcado pelo divórcio da maioria esmagadora da massa associativa que preferiu não marcar presença nas bancadas do Estádio do Dragão, fazendo registar uma das piores assistências da temporada: 16.009 espectadores. Também pelo protesto das claques, hoje silenciosas, expondo tarjas para demonstrar o seu descontentamento.

























Não me parece que este ambiente tenha influenciado grandemente a exibição portista, já que a equipa produziu o futebol medíocre com que nos tem brindado nos últimos jogos, onde a grande diferença foi mesmo o comportamento das claques.

Face aos falhanços ridículos que os jogadores portistas foram acumulando, no decorrer da partida os coros de assobios foram inevitáveis. Palmas só para o desfraldar das diversas tarjas e para os golos que apareceram muito perto do fim da partida.





















Jackson Martinez esteve desastrado e perdeu a oportunidade de alargar a vantagem que ainda detém, na lista dos melhores marcadores, ao falhar duas grandes oportunidades para marcar. Brahim, em claro subrendimento, cometeu a proeza de falhar um golo cantado, a menos de um metro da linha fatal, com a baliza escancarada, fazendo a bola passar por cima do travessão!























Os golos apareceram na recta final do jogo, por Aboubakar e Danilo.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

O JOGO PERFEITO PARA OS ASSOBIADORES









O encerramento da época oficial, para a equipa do FC Porto, vai ser amanhã, no Estádio do Dragão, frente ao já despromovido Penafiel.

Será um jogo sem objectivos para as duas equipas e portanto sem qualquer tipo de interesse. Se juntarmos a estas condicionantes o facto de se jogar a uma Sexta-feira, às 20:30 h, estão reunidas as condições ideais para um estádio às moscas.

O final de época penoso (depois do jogo contra o Bayern a equipa afundou-se), péssimo futebol e imensa desilusão, constituem os restantes ingredientes para este estado de espírito da massa adepta portista.

Não posso compreender que este plantel não tenha mostrado raça, determinação, querer e ambição nos momentos chave, colaborando de forma irresponsável com a APAF na oferta de mão beijada do título.

O que realmente espero desta partida são mais noventa minutos de mau futebol, muita asneirada, pouca ou nenhuma concentração,  o jogo perfeito para os assobiadores. Não contem comigo. A minha cadeira de sonho vai ficar disponível, que faça bom proveito. 

Sou sócio desde 1969 e sei o que é andar anos a fio a somar desilusões, mas sempre vi nos atletas portistas, tirando algumas excepções, atitude, raça, empenho, brio, responsabilidade e orgulho por envergarem a camisola sagrada do FC Porto. Não gosto de perder nem a feijões mas também não são as derrotas que me afastam ou esmorecem a minha paixão. O que não pactuo é com gente convencida, mimada, vaidosa e que não sabe dignificar o emblema que ostenta. Os jogos contra o Nacional e Belenenses são exemplos da falta de brio e ambição. Não perdoo.

A lista dos convocados para este jogo apresenta algumas surpresas. Maicon e Óliver Torres não entram nas contas de Lopetegui, tal como Adrián Lopez, suplente utilizado no Restelo. Casemiro, José Angel e Ricardo estão de regresso aos eleitos. 

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS



















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: LIGA NOS 2014/15 - 34ª JORNADA
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO DO DRAGÃO - PORTO
DATA E HORA DO JOGO:SEXTA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2015, ÀS 20:30 H
ÁRBITRO NOMEADO: OLEGÁRIO BENQUERENÇA - A.F. LEIRIA
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SPORT.TV1

segunda-feira, 18 de maio de 2015

À FALTA DE OUTROS, BRINDEMOS ESTES CAMPEÕES

















O único titulo do futebol portista, esta época, foi conseguido  pelos Sub-19 (Juniores), que ao vencerem no Sábado o Gil Vicente, em Barcelos (3-2), garantiram o troféu, num escalão cuja vitória anterior foi há quatro temporadas.

Num plantel equilibrado, com alguns atletas preponderantes que bem acompanhados  e com muito trabalho, poderão evoluir no sentido de se fixarem no plantel principal, destacaram-se Raul Godiño, Verdasca, Sérgio Ribeiro, João Cardoso, Leonardo Ruiz e Rúben Macedo.

Apesar do bom desempenho, a formação portista não era apontada como favorita, à partida para a fase final do Campeonato, mas uma primeira volta contundente, com vitórias nos redutos dos seus principais rivais (Benfica e Sporting), serviram de almofada para uma segunda volta menos conseguida.

Os Dragões terminaram a prova com 31 pontos (mais 4 que o Sporting, segundo classificado), num conjunto de 14 jogos disputados, 10 vitórias, 1 empate e 3 derrotas, 28 golos marcados e 15 sofridos.

O colombiano Leonardo Ruiz foi o melhor marcador portista (12 golos).

Depois de ter sido Campeão nacional pelo FC Porto como jogador, António Folha repetiu o feito, agora como técnico principal, na sua época de estreia no banco da equipa dos Sub-19.

Parabéns a toda a rapaziada e à estrutura que trabalhou para este objectivo.

domingo, 17 de maio de 2015

DRAGÕES SEM ESTOFO COLABORAM COM APAF NA ATRIBUIÇÃO DO TÍTULO
















FICHA DO JOGO


























Ao contrário do que se esperava, o FC Porto não foi capaz de cumprir com a sua obrigação, que era somar mais 3 pontos ao seu pecúlio. Se o tivesse feito, adiaria a decisão do título para a última jornada, face ao empate da equipa do clube do regime em Guimarães.

Assim, voltou a colaborar com a APAF, ajudando também a carregar o andor até à Igreja. Bons rapazes!

Para esta última deslocação da temporada, Julen Lopetegui viu-se privado de Casemiro, a cumprir castigo, chamando para o seu lugar o jovem promissor Rúben Neves, mantendo todos os outros que jogaram a titulares frente ao Gil Vicente, na semana passada.






















Era suposto a equipa apresentar-se suficientemente focada neste jogo e ser capaz de sair do Restelo com mais uma vitória, ainda que fosse previsível a perda matemática do título.

Porém, os jogadores portistas entraram para este jogo, completamente desmotivados, abúlicos,  conformados e desconcentrados, acumulando uma série de erros primários, deixando passar uma imagem desoladora, só comparável a jogadores de 5ª categoria.

A aposta parecia ser quem era capaz de jogar pior, levando por diversas vezes o seu treinador ao desespero.

Principalmente na primeira parte, o Belenenses fez o suficiente para chegar ao intervalo com um resultado confortável, mas as vicissitudes do futebol acabaram sendo castigadoras para os de Belém, já que Jackson Martinez, com a colaboração de o defesa Gonçalo Brandão, conseguiu introduzir a bola nas redes, dando uma vantagem injusta para o FC Porto.



















Depois do intervalo as coisas não melhoraram muito. Nem as substituições operadas por Julen Lopetegui conseguiram alterar o futebol cinzento portista. Evandro, Hernâni e Adrián Lopez alinharam pelo mesmo diapasão dos restantes, contribuindo para que o nível apresentado continuasse estupidamente baixo, incrivelmente fastidioso e nada agradável à vista e muito menos dos que se deslocaram a Lisboa, quiçá ainda com esperanças de poder reverter a tendência deste campeonato. O golo do empate seria pois a consequência lógica deste péssimo futebol.

Demasiado mau para ser verdade. Não se admirem, por isso, se no próximo jogo, o Dragão estiver às moscas.

MESMO COM HIPOTÉTICA VITÓRIA, PASTEIS DE BELÉM SERÃO SEMPRE AMARGOS









A última deslocação do FC Porto, esta época, é a Lisboa para visitar o Belenenses. Trata-se de um jogo para cumprir calendário porque seja qual for o resultado, o segundo lugar está já garantido.

Calma, eu sei que alguns dos meus correlegionários, sobretudo os que acreditam em bruxos, ainda acalentam uma réstia de esperança que o clube do regime escorregue. Pois, mas eu que já acompanho o meu clube há muitas décadas e conheço o suficiente dos meandros do futebol português, não vou em cantigas, senão é só acompanhar o meu raciocínio.

Não é verdade que o clube do regime tem sido levado ao colo e por isso se encontra em situação privilegiada para garantir o título, já esta jornada? Então achavam normal que a APAF, caso necessário, não continuará a carregar o andor? E mesmo que o homem do apito, por qualquer distracção ou indisposição momentâneas decidisse o contrário e as papoilas saltitantes saíssem derrotados do berço, não acham que o guardanapo madeirense cumpriria a promessa de nada fazer para evitar a vitória do seu clube do coração, no último jogo? Pois, são factos contra os quais não há bruxedo que resista.

À parte desta realidade, espero que os jogadores portistas, cumpram a sua obrigação e vençam, com a atitude e profissionalismo adequados.

Adrián Lopez e Hernãni estão de regresso ao lote dos convocados, para este jogo, sendo que a chamada do avançado espanhol, merece destaque especial tendo em conta que esteve afastado dos relvados cerca de quatro meses, por lesão.

De fora ficaram Casemiro, a cumprir castigo por excesso de cartões amarelos e Cristian Tello, acossado de tendinite na coxa direita.

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS




















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: LIGA NOS 2014/15 - 33ª JORNADA
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO DO RESTELO - LISBOA
DATA E HORA DO JOGO: DOMINGO, 17 DE MAIO DE 2015, ÀS 18:00 H
ÁRBITRO NOMEADO: RUI COSTA - A.F. PORTO
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SPORT.TV2

quinta-feira, 14 de maio de 2015

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 103












JORGE COUTO - Goleador Nº 103

Apontou 18 golos em 181 participações com a camisola do FC Porto, durante as 7 temporadas ao seu serviço (1989/90 a 1995/96).

Jorge António Pinto Couto, nasceu no dia 1 de Julho de 1970, em Argoncilhe, Santa Maria da Feira.

Tendo em conta que foi objecto de análise individual, neste blog, na rubrica "INTERNACIONAIS PORTISTAS", editado em 18 de Julho de 2011, convido os leitores a recordar aqui os aspectos mais interessantes da sua carreira.

Apenas me resta acrescentar ao que então foi escrito, que a sua estreia oficial, com a camisola da principal equipa do FC Porto, aconteceu no dia 26 de Agosto de 1989, no Estádio Municipal da Maia, frente ao Penafiel, em jogo a contar para a 2ª jornada do Campeonato nacional 1989/90, com vitória portista por 2-0. Artur Jorge, treinador de então, chamou-o ao jogo a partir do minuto 77 a render Semedo.
























Palmarés ao serviço do FC Porto (10 títulos):
5 Campeonatos nacionais (Pentacampeão): 1989/90 a 1995/96;
2 Taças de Portugal: 1990/91 e 1993/94;
3 Supertaças Cândido de Oliveira: 1989/90, 1990/91 e 1992/93

Fonte: Almanaque do FC Porto de Rui Miguel Tovar

domingo, 10 de maio de 2015

GOLEADA ESCAPOU POR ASELHICE E POUCA SORTE
















FICHA DO JOGO


























O FC Porto cumpriu os mínimos exigidos que era ganhar e adiar a festa mourama até ao limite. Nota-se no entanto que as performances da maioria dos futebolistas portistas é marcada por algum conformismo, cientes que o rumo do campeonato está há muito traçado e não vão ser estes últimos jogos a modificá-lo.

Os Dragões, com o onze previsível, ainda que da minha parte estivesse à espera de Tello em vez de Quaresma, até entrou bem na partida, obrigando o Gil Vicente a acantonar-se no último terço do relvado.























O pendor atacante dos azuis e brancos rendeu uma grande penalidade sobre Jackson Martinez, aos 11 minutos, que Quaresma desperdiçou, mas que o colombiano corrigiu, no minuto seguinte e na sequência desse lance, cabeceando com êxito, após cruzamento do próprio Quaresma.























O FC Porto continuou à procura de mais golos e aos 16 minutos Herrera obrigou Adriano a uma enorme defesa, depois de um cabeceamento frontal. Aos 26 foi Danilo a aparecer dentro da área a disparar à figura do guardião minhoto.

O jogo foi decaindo de qualidade e o Gil, aos 33 minutos quase empatava, num lance de bola parada, marcado para o interior da área, onde Martins Indi se deixou antecipar e permitiu o remate de cabeça perigoso que saiu a milímetros do poste direito de Helton, completamente batido.

Aos 40 minutos, numa altura de mau futebol, Brahimi sofreu falta dentro da área, merecedora de novo castigo máximo, mas Bruno Esteves, o artista do apito desta noite, achou que dois era de mais, isso só para outras bandas.

O intervalo chegou com a noção de que seria necessário injectar mais ambição e apelar aos jogadores portistas maior concentração, discernimento e eficácia, para que o resultado se dilatasse.

Foi o Gil Vicente que abriu as hostilidades com um remate perigoso à passagem do minuto 53, que Helton, atento, desviou para canto. 

Dois minutos depois, Rúben Neves que tinha entrado para o lugar do amarelado Casemiro, atirou uma bomba que assustou Adriano que só viu a bola passar com violência e bater nas malhas superiores da sua baliza, mas do lado de fora.

Aos 62 minutos foi Quaresma a falhar o remate de cabeça, em posição privilegiada para fazer o segundo golo. A bola saiu ao lado. Três minutos depois Brahimi, depois de muitos rodopios e muita hesitação, lá rematou mas Adriano atento defendeu.

Os Dragões procuravam o golo afincadamente mas nem sempre nas melhores condições. Aos 72 minutos nova oportunidade falhada. Canto da direita do ataque portista, bola na cabeça de Maicon a desviar para o 2º poste e Martins Indi, à vontade a rematar de pé esquerdo, levando a bola a embater no poste mais próximo. Pura aselhice! Alguns segundos depois foi Evandro a aparecer solto de marcação, isolado frente ao guardião minhoto, rematando de cabeça, mas a bola foi caprichosamente bater no poste.

Estava difícil acertar nas redes do Gil Vicente! Mas, diz o ditado popular que quem porfia sempre alcança. Assim foi. Canto na direita apontado por Quaresma, atrasando para Danilo que lhe devolveu o esférico, obrigando a defesa Gilista a perder as marcações, cruzamento do Harry Potter para o coração da área, Jackson recebeu de lado para a baliza, a bola subiu e o colombiano decidiu rapidamente aplicar um pontapé de bicicleta, obtendo mais um golo espectacular. Prémio merecido para um jogador que foi sempre uma gazua na procura dos golos.
























Vitória certa por números curtos, numa exibição com altos e baixos, muitos minutos de ritmo baixo, futebol com demasiados passes para trás e muito pouca eficácia.



OFF-TOPIC























Imagem que ilustra bem a «pancadaria» num dos treinos da semana, profusamente divulgado no Face Book, por um conjunto de portistas de trazer por casa. É caso para cantar aquele refrão brasileiro "ALÔ, ALÔ TERESINHAS, AQUELE ABRAÇO!"

GANHAR É O MÍNIMO EXIGÍVEL









Mais um jogo para cumprir calendário e tudo o que se espera é uma performance digna do Clube e a soma de mais três pontos, para vendermos caro o título que a falta de verdade desportiva e algumas erros próprios (os empates  com o Nacional e Benfica demonstraram falta de estofo) nos fez falhar.

Como portista indefectível lá estarei no Dragão, mas claramente, sem grande entusiasmo, ainda que exija dos atletas do meu Clube, um comportamento digno.

A lista de convocados para este jogo, apresenta algumas novidades. Desde logo os regressos de Danilo (depois de um jogo de castigo), Cristian Tello (após ausência prolongada por lesão) e Diego Reyes. Em sentido contrário estão Hernâni e Ricardo, ambos por opção técnica.

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS 



















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: LIGA NOS 2014/15 - 32ª JORNADA
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO DO DRAGÃO - PORTO
DATA E HORA DO JOGO: DOMINGO, 10 DE MAIO DE 2015, ÀS 19:15 H
ÁRBITRO NOMEADO: BRUNO ESTEVES - A.F. SETÚBAL
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SPORT.TV1

terça-feira, 5 de maio de 2015

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 102












FRANCISCO VITAL - Goleador Nº 102

Apontou 18 golos, em 57 participações com a camisola do FC Porto, durante as 3 épocas em que esteve ao seu serviço (1977/78 a 1979/80).

Francisco António Luvas Vital, nasceu no dia 27 de Junho de 1954, em Braga.  Apesar de ter nascido a Norte, as vicissitudes da vida levaram-no para o Sul e foi no Caldas Sport Clube que começou a sua formação, nos Sub-16, na temporada de 1968/69, tendo ainda representado este clube, na temporada seguinte, pelos Sub-17.

Transitou para as escolas de formação do SL Benfica na época de 1969/70, onde permaneceu até 1972/73, depois de 3 temporadas nos Sub-19. O Atlético Clube Marinhense foi a primeira aventura com sénior, na temporada de 1973/74, seguindo-se a transferência para o Grupo Desportivo Riopele, onde permaneceu três temporadas (1974/75 a 1976/77).

Avançado com apetência para o golo, Pedroto, treinador do FC Porto, viu nele potencial para fazer parte do plantel profissional, razão pela qual o passe de Vital foi adquirido em Julho de 1977.






















A estreia oficial de Dragão ao peito, aconteceu no dia 10 de Setembro de 1977, na Amoreira, frente ao Estoril Praia, em jogo a contar para a 2ª jornada do Campeonato nacional, com derrota portista por 2-0. Vital saiu do banco aos 56 minutos, para render Octávio Machado, numa tentativa mal sucedida de inverter o rumo dos acontecimentos, pois o FC Porto perdia por 1-0.

O avançado portista teve sempre muita concorrência interna. Nomes como Fernando Gomes, Duda, Gonzalez, Jairo e Toninho Metralha, foram obstáculos que condicionaram a sua afirmação plena na equipa. Ainda assim, os seus méritos foram reconhecidos ao mais alto nível, valendo-lhe a representação pela Selecção nacional principal, ainda que só por uma vez, em jogo de qualificação para o Campeonato do Mundo (ver aqui).

Acabou por servir de moeda de troca no regresso de António Oliveira, para as Antas, em Janeiro de 1980, passando a representar o Bétis de Sevilha.










No clube andaluz Vital esteve até ao final da época de 1980/81, regressando a Portugal para representar o SL Benfica, onde juntou ao seu palmarés mais dois títulos (Campeonato e Taça de Portugal).

Seguiram-se o Boavista FC (1981/82), o SC Farense (1982/83), o Belenenses (1983/84), o FC Tirsense (1984/85) e finalmente o FC Vizela, onde jogou 3 temporadas (1985/86 a 1987/88), no fim das quais, pendurou as chuteiras para se dedicar à carreira de treinador.

Palmarés ao serviço do FC Porto (2 títulos):
2 Campeonatos nacionais (1977/78 e 1978/79)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e ZeroaZero.pt

domingo, 3 de maio de 2015

FUTEBOL DE TERCEIRA RENDEU DOIS GOLOS!
















FICHA DO JOGO



























Acabar o campeonato nacional com dignidade, profissionalismo e vontade de evidenciar a imagem de um campeão que apenas não o foi por ausência de verdade desportiva, ilustrada profusamente com o andor ao serviço do clube do regime, era o mínimo que os portistas poderiam exigir à sua equipa mais representativa.

Apesar das promessas de luta até ao último fôlego, o que se viu hoje no Bonfim foi completamente diferente e para pior. Futebol de terceira, cinzento, sem chama, sem raça, sem inspiração e sem ambição, imagem de uma equipa sem objectivos e por isso com pouca confiança e nenhuma crença, absolutamente rendida e conformada à sua sina.

Julen Lopetegui, sem poder contar com Danilo, optou por fazer regressar ao onze principal os habituais titulares (Herrera e Quaresma), mais Ricardo como defesa direito.

Cedo se percebeu que caberia ao FC Porto as despesas do jogo, sem grande réplica, mas como vem sendo recorrente, a equipa desenvolveu um jogo de posse e circulação, completamente inconsequentes, privilegiando o passe para trás e para os lados, longe da baliza contrária, local onde se concretizam os golos. Alguém tem de avisar que os campeonatos se ganham com golos e não com grandes percentagens de posse de bola.

Assim, o primeiro remate à baliza sadina (aos 15 minutos!) coincidiu com o primeiro golo da partida, o que diz bem da inoperância atacante portista. Jogada corrida em direcção à área (finalmente), boa combinação entre Jackson e Ricardo, com o defesa a cruzar e o colombiano a falhar a intercepção, sobrando a bola mais à esquerda onde Brahimi, com grande presença de espírito, aplicou um remate em jeito, inaugurando o marcador.





















Bom tónico para que o futebol portista melhorasse de qualidade, mas mal aproveitado porque os jogadores azuis e brancos teimavam em complicar. Pouca progressão, passes mal medidos, opções de passe para trás, perdas de bola irritantes, enfim um futebol de fim de estação.

A este desconcerto escaparam, na primeira parte, para além do golo, um remate de trivela de Quaresma (um minuto depois) e um remate cruzado de Ricardo, já muito perto do intervalo.

Apesar do mau futebol praticado, a vitória portista justificava-se por ter sido a única equipa a criar algum perigo.

Esperava-se que no regresso das cabines, os jogadores portistas encarassem a partida de forma mais esclarecida, mas o que se viu foi um Vitória mais afoito, a aproveitar alguma desorganização e displicência do seu adversário.

O FC Porto continuava a preferir jogar longe da área adversária, num futebol de contenção, posse e circulação, cada vez menos ofensivo e mais inconsequente.

Os sadinos cresceram e Helton teve de se aplicar para evitar o empate, por volta dos 75 minutos, já Quaresma tinha dado o seu lugar a Evandro, numa tentativa de povoar mais o meio campo.

Se a qualidade do futebol da primeira parte já foi manifestamente medíocre, o do tempo suplementar foi ainda pior, assemelhando-se a um jogo entre «marretas» que mal sabem dar um pontapé. Salvou-se o lance do segundo golo, obtido já em tempo de compensação, por Jackson Martinez. Recuperação da bola a meio campo, bola nos pés de Herrera, passe a rasgar, com classe para o colombiano, recepção perfeita, protecção da bola a condizer e remate à matador, provocando uma reacção de alívio.




















Resultado bom numa exibição a não repetir, num jogo em que o aspecto mais negativo foi a lesão de Ivan Marcano, que o afastou do encontro, aos 25 minutos, sendo rendido por Martins Indi.