quarta-feira, 31 de julho de 2013

DRAGÃO CATEDRÁTICO - SABIA QUE...
















... a melodia mais bonita do mundo foi composta em 1922 e é ainda hoje tocada e entoada vibrante e apaixonadamente por milhares de portistas, no momento da entrada das equipas no nosso estádio?

António Figueiredo de Melo


Trata-se do hino do FC Porto, cuja letra é da autoria do escritor e dramaturgo Heitor Campos Monteiro e a música do maestro António Figueiredo de Melo, regente da Banda do Asilo do Terço, banda que o executou em público pela primeira vez.

Maria Amélia Canossa, cantora e indefectível associada do FC Porto, é a voz mais representativa do hino, desde os anos 50.




Ó meu Porto onde a eterna mocidade
Diz à gente o que é ser nobre e leal
Teu pendão leva o escudo da cidade
Que na história deu o nome a Portugal

Ó campeão, o teu passado
É um livro de honra de honra de vitórias sem igual
No teu brasão, abençoado
tens, ó meu Porto, mais um arco triunfal

Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto

E quando alguém se atrever a sufocar
O grito audaz da tua ardente voz
Ó meu Porto então verás vibrar
A multidão num grito só de todos nós

Ó campeão, o teu passado
É um livro de honra de honra de vitórias sem igual
No teu brasão, abençoado
tens, ó meu Porto, mais um arco triunfal

Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto


Fonte:Histórias de uma primeira vez, de Alfredo Barbosa e FC Porto - Fotobiografia, de Rui Guedes

terça-feira, 30 de julho de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 70

ÉPOCA 1974/75

Depois de mais um falhanço, as portas abriam-se a um novo treinador. O brasileiro Aimoré Moreira, que fora campeão mundial em 1962, com a «canarinha». Também o plantel experimentava movimentações. Ailton, Simões, Adelino Teixeira, Murça, Peres e Alhinho, foram os nomes mais sonantes da renovação.

Começou bem o campeonato nacional, com vitória na Luz, na 7ª jornada e sem qualquer derrota em toda a 1ª volta, prometendo luta renhida até final. Porém, o último terço do campeonato, revelou-se desastroso ao ponto do treinador brasileiro ser despedido. Para o seu lugar surgiu o antigo atleta, Monteiro da Costa que conseguiu parar de algum modo a queda livre em que a equipa se encontrava. Conquistou 12 pontos dos 14 possíveis e acabou o campeonato na 2ª posição, com 30 jogos, 19 vitórias, 6 empates, 5 derrotas, 62 golos marcados, 30 sofridos, somando 44 pontos, menos 5 que o Benfica.

A Taça de Portugal foi jogada já sob a orientação do técnico português e a equipa não foi além dos quartos-de-final. Começou por eliminar o Santiago Cacém, da III Divisão nacional, nas Antas, por 6-0; o Vitória de Guimarães, em dois jogos, o primeiro jogado na Póvoa de Varzim, por interdição do Estádio das Antas, com empate a três bolas, tendo o jogo de desempate acontecido no Estádio 1º de Maio, em Braga, com vitória portista por 3-2; Nos quartos-de-final o FC Porto deslocou-se ao Restelo e foi derrotado pelo Belenenses, por 2-0, sendo afastado da prova.

Nas competições europeias, o FC Porto disputou a Taça UEFA, eliminando na primeira ronda os ingleses do Wolverhampton, com 4-1, nas Antas (golos de McAlle, na própria baliza; Cubillas, Flávio e Gomes) e derrota por 3-1, em Inglaterra, com o golo portista a ser marcado por Cubillas. O sorteio colocou os italianos do Nápoles na rota portista e o resultado foram duas derrotas por 1-0, nas Antas e no São Paolo.

Foram 26 os atletas envolvidos nas três competições, num total de 38 jogos, aqui indicados por ordem decrescente da sua utilização: Cubillas e Tibi (38 jogos), Murça (33), Oliveira e Teixeira (30), Gomes e Vieira Nunes (28), Rodolfo e Rolando (26), Gabriel e Lemos (25), Simões (20), Peres (19), Leopoldo (14), Flávio e Laurindo (13), Abel (12), Ailton, Alhinho e Marco Aurélio (11), Seninho (10), Júlio (7), Nino (4), Neves, Quim e Rui (1).

UMA DAS EQUIPAS POSSÍVEIS DESTA ÉPOCA





















Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Adelino Teixeira, Abel, Vieira Nunes, Leopoldo, Tibi e Murça; Pela mesma ordem, em baixo: Marco Aurélio, Fernando Gomes, Flávio, Cubillas e Laurindo.

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e FC Porto - Fotobiografia, de Rui Guedes

segunda-feira, 29 de julho de 2013

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 14












JOSÉ MARIA - Goleador Nº 14

Apontou 82 golos nos 183 jogos oficiais, de carácter nacional e internacional, disputados durante as oito épocas ao serviço do FC Porto (1949/50 a 1956/57)

José Maria da Luz Matos nasceu no dia 15 de Janeiro de 1930, em Santa Marinha, Vila Nova de Gaia.

Extremo-esquerdo de qualidade, estreou-se oficialmente na equipa principal do FC Porto em 9 de Outubro de 1949, no Campo da Constituição, aquando da 1ª jornada do campeonato nacional da temporada 1949/50, frente ao Elvas, com vitória por 1-0, era então treinado por Augusto Silva.























De azul e branco vestido, conquistou a «dobradinha» em 1955/56, permitindo juntar o título nacional à conquista da Taça de Portugal. Foi o autor do 1º golo do FC Porto, nas provas europeias, nomeadamente na Taça dos Clubes Campeões Europeus, quando em 20 de Setembro de 1956, fez balançar as redes do guardião espanhol Carmelo, do Atlético de Bilbau, insuficiente no entanto para evitar a derrota, no Estádio das Antas, por 1-2.














Na época seguinte transferiu-se  para o SL Benfica mas sem grande êxito. O melhor que conseguiu ao serviço do clube do regime foi a presença em mais uma final da Taça de Portugal, onde viu o FC Porto, seu anterior clube, conquistar mais um troféu. Na temporada seguinte (1958/59) ingressou no SC Braga, onde terminou a sua carreira, em 1959/60. 

Palmarés ao serviço do FC Porto (2 títulos):
1 Campeonato Nacional (1955/56)
1 Taça de Portugal (1955/56)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Figuras e Factos, de J. Tamagnini Barbosa e Manuel Dias

domingo, 28 de julho de 2013

APRESENTAÇÃO DO PLANTEL NO DRAGÃO

Numa cerimónia sem quaisquer novidades e de alguma forma repetitiva em relação às dos últimos anos, O FC Porto apresentou hoje, no Dragão, o presumível plantel para a nova época que está prestes a começar.

A habitual dança mítica do dragão deu início ao espectáculo, com o novo treinador Paulo Fonseca a desembainhar o sabre com que vai lutar pelos títulos.























Uma coreografia com apresentação em sete painéis gigantes evocando momentos importantes da vida do Clube serviu de cenário para receber os protagonistas principais.

Depois, um a um, desfilaram, das bancadas até ao palanque no centro do relvado, todos os 28 atletas que têm feito parte dos trabalhos desta pré-época, deixando em aberto alguma indefinição quanto à sua composição final, tanto mais que como se sabe, só no final de Agosto encerrará o período de transferências.

Sob o olhar atento dos 45.309 espectadores que se deslocaram ao Dragão, o «Speaker» Fernando Saul foi chamando e anunciando os atletas, por ordem numérica das suas camisolas:

1 Helton, 2 Danilo, 3 Lucho Gonzalez, 4 Maicon, 5 Jorge Fucile, 6 Castro, 7 Iturbe, 8 Josué, 9 Jackson Martinez, 10 Juan Quintero, 11 Ghilas, 13 Diego Reyes, 15 Izmaylov, 16 Hector Herrera, 17 Silvestre Varela, 19 Licá, 20 Carlos Eduardo, 21 Ricardo, 22 Mangala, 23 Abdoulaye, 24 Fabiano, 25 Fernando, 26 Alex Sandro, 28 Kelvin, 30 Otamendi, 35 Defour, 36 Tiago Rodrigues e 41 Kadú.

Seguiu-se a equipa técnica, Paulinho Santos, Pedro Moreira e Nuno Campos (adjuntos), Wil Coort (treinador de guarda-redes) e Paulo Fonseca (treinador principal).












Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Fabiano, Ricardo, Alex Sandro, Otamendi, Tiago Rodrigues, Wil Coort, Nuno Campos, Paulo Fonseca, Pedro Moreira, Paulinho Santos, Defour, Kélvin, Fernando, Abdoulaye, Mangala e Kadú; Pela mesma ordem, em baixo: Carlos Eduardo, Hector Herrera, Izmaylov, Ghilas, Juan Quintero, Iturbe, Castro, Danilo, Helton, Lucho Gonzalez, Maicon, Jorge Fucile, Josué, Jackson Martinez, Diego Reyes, Silvestre VArela e Licá


A festa prosseguiu com a entrada da formação titular, equipando o terceiro traje, evocativo dos 120 anos do FC Porto, que completará em 28 de Setembro próximo.
























Na foto, da esquerda para a direita, em Cima: Helton, Fernando, Jackson Martinez, Mangala, Danilo e Otamendi; Pela mesma ordem, em baixo: Defour, Iturbe, Lucho Gonzalez, Fucile e S. Varela.

O adversário foi o Celta de Vigo que veio proporcionar um proveitoso ensaio, pela forma ultra defensiva com que actuou, sistema de resto que quase todas as equipas do nosso campeonato costumam utilizar quando pisam este relvado.

Não foi um grande espectáculo de futebol, com o FC Porto a experimentar as naturais dificuldades de penetração, mas com vitória certa, ainda que conseguida na sequência da posição irregular de Jackson Martinez que não falhou. Ver crónica do jogo aqui.
























Não vou tecer quaisquer considerações tendo em conta tratar-se de jogo particular.

sábado, 27 de julho de 2013

PROGRAMA DA PRÉ-ÉPOCA 2013/14













REALIZADO

Quarta-feira, 10 de Julho - 17:30 h (de Portugal Continental)

MVV Maastricht 0 FC Porto 6
Marcadores: Varela (21'), Ghilas (23'), Castro (31'), Jackson (53'), Iturbe (65' gp) e Izmaylov (88')
Estádio Spouwen Mopertingen - Bélgica
Transmissão: Porto Canal
Ver aqui crónica do jogo
Sábado, 13 de Julho - 19:30 h (de Portugal Continental)

O. Marselha 0 FC PORTO 3
Marcadores: Izmaylov (30'), Jackson (56') e Iturbe (76')
Estádio Tourbillon - Sion - Suíça
Transmissão: SportTv1
Ver aqui crónica do jogo




















Domingo, 21 de Julho - 23:00 h (de Portugal Continental)

Deportivo Anzoátegui 2 - FC PORTO 4
Marcadores: E.Aguillar (39'), Jackson (53'), Fuenmayor (62'), Mangala (63') e Varela (65' e 94')
Estádio José António Anzoátegui - Puerto da La Cruz - Venezuela
Transmissão: Porto Canal
Ver aqui crónica do jogo

























Quinta-feira, 25 de Julho - 1:30 h (de Portugal Continental)

Millonários 0 - FC PORTO 4
Danilo (29', 52' e 72') e Jackson (86'?
Estádio El Campín - Bogotá - Colômbia
Transmissão: Porto Canal
Ver crónica do jogo aqui






















Na cidade do Porto terá lugar, no próximo Domingo, a apresentação do plantel aos associados:

A REALIZAR


Domingo, 28 de Julho - A partir das 18:30 h

FC PORTO - Celta de Vigo
Estádio do Dragão
Inclui a cerimónia de apresentação do plantel aos associados
Transmissão: Porto Canal


Em Agosto, o FC Porto é um dos convidados da Emirates Cup, torneio de pré-temporada organizado pelo Arsenal de Londres que, para além da equipa anfitriã contará igualmente com as presenças de Nápoles e Galatasaray:

Sábado, 3 de Agosto - 14:00 h (de Portugal Continental)

Nápoles - FC PORTO
Estádio Emirates - Londres - Inglaterra
Transmissão: SportTv1

Domingo, 4 de Agosto - 14:00 h (de Portugal Continental)

Galatasaray - FC PORTO
Estádio Emirates - Londres - Inglaterra
Transmissão: SportTv1


Fonte: Site oficial do FC Porto

sexta-feira, 26 de julho de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 70

ÉPOCA 1973/74

Era preciso virar a agulha, renovar esperanças, tornar-se mais forte para enfrentar mais uma vez uma luta desigual, contra tudo e contra todos. Américo de Sá sabia das dificuldades que o clube voltaria a enfrentar, mas era necessário partir para a luta com coragem. Falhado o projecto Riera, novo estava na forja. Sucessor? O velho Béla Guttmann que na sua estreia no FC Porto, em 1958/59 se sagrara campeão nacional e abandonara o clube para assinar pelo Benfica.

Engolir um sapo? Que remédio! Volta «avozinho» que estás perdoado! Com 73 anos de idade, o treinador húngaro voltava para tentar mais uma vez ser feliz. Mas não foi. Primeiro jogo do campeonato, primeira derrota. À quarta jornada já quatro pontos tinham ficado pelo caminho. Nova derrota na 8ª jornada, na Luz, seguida de dois empates transformavam o título numa miragem. A vida portista ficava atormentada e para piorar, no dia 16 de Dezembro de 1973, aquando da 13ª jornada, contra o V. de Setúbal, de Pedroto, Octávio e Duda, em pleno estádio das Antas, ao minuto 13, Pavão ganhou a bola no meio campo, fez um compasso de espera para permitir a desmarcação de Oliveira, executou um passe perfeito, deu mais um passo e caiu de bruços, sem ninguém lhe tocar. Logo que o árbitro interrompeu o jogo para ser assistido, o médico Dr. José Santana encontrou-o já em estado de coma. Pavão foi de imediato conduzido para o Hospital de S. João onde viria a falecer. O jogo entretanto prosseguiu, com a entrada de Vieira Nunes para o lugar do malogrado Pavão. O Setúbal era então o líder do campeonato e o FC  Porto tinha um atraso de 5 pontos.

Toda a gente no estádio tinha a noção da gravidade do estado do médio portista pelo que o clima nas bancadas era pesado e dramático. Os atletas portistas uniram-se como nunca e venceram o encontro por 2-0. No final foi anunciada a morte de Pavão que deixou consternados todos os presentes. Perdia-se assim um enorme talento do futebol nacional.


Em Janeiro de 1974 a Direcção de Américo de Sá conseguiu a contratação de uma «estrela» internacional, muito cobiçada. O peruano Teófilo Cubillas, que estava em Basileia descontente com o amadorismo daquele futebol, onde foi cair. 5.600 contos custou o passe do jogador, o mais caro até então do futebol português. Chegou em 12 de Janeiro, tendo sido apresentado aos sócios em 28 do mesmo mês, frente aos brasileiros da Portuguesa dos Desportos, em jogo particular, com uma exibição portentosa. O fascínio de Cubillas despertara nos portistas renovadas esperanças e a convicção de que chegara ao fim o calvário da travessia do deserto. Este sentimento mais se avivou quando em 10 de Março o FC Porto recebeu e derrotou o Benfica, por 2-1, com o peruano em evidência ao apontar o golo da vitória, aos 55 minutos.

Ainda assim, o FC Porto não foi além do 4º lugar, com uma performance de 30 jogos, 18 vitórias, 7 empates e 5 derrotas, 43 golos marcados, 22 sofridos, somando 43 pontos, menos 2 que o V. Setúbal, menos 4 que o Benfica e menos 6 que o Sporting.

Na Taça de Portugal o FC Porto foi eliminado, nas meias-finais, no Estádio das Antas, pelo Benfica que triunfou por 0-3. Nas eliminatórias anteriores os azuis e brancos afastaram o Lusitânia, da III Divisão nacional, com vitória nas Antas, por 8-0; O Barreirense, também nas Antas, por 1-0; e a Cuf, ainda nas Antas, por 3-1.

Guttmann utilizou 23 jogadores, nas duas provas em que o FC Porto esteve envolvido (Campeonato e Taça), num total de 34 jogos,  a seguir indicados por ordem decrescente de participações: Guedes e Tibi (33), Rodolfo e Rolando (32), Ronaldo e Abel (31), Bené (30), Nóbrega (27), Oliveira (26), Marco Aurélio (22), Rodrigo (17), Cubillas (16), Flávio, Pavão e Vieira Nunes (13), Laurindo (11), Júlio e Ricardo (9), Celso e Valdemar (7), Gualter (4), Leopoldo (3) e Rui (1).

UMA DAS POSSÍVEIS EQUIPAS DESSA ÉPOCA





















Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Celso, Rolando, Rodolfo, Ronaldo, Guedes e Tibi; Pela mesma ordem, em baixo: Pavão, Marco Aurélio, Flávio, Abel e Nóbrega

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar; FC Porto - 100 Anos de História, de Álvaro Magalhães e Manuel Dias e Fascículos do Jornal A Bola

quinta-feira, 25 de julho de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 70

ÉPOCA 1972/73

As hostes portistas continuavam frustradas com o desempenho da sua equipa mais representativa. O presidente Dr. Américo de Sá tinha o desejo de dar uma alegria à fiel massa associativa. Para isso decidiu puxar os cordões à bolsa e começou por contratar o treinador chileno Fernando Riera, que já tinha treinado em Portugal o Belenenses e o Benfica.

O técnico dispunha de soluções no plantel bastante interessantes, com nomes já firmados no panorama futebolístico nacional e mesmo internacional (Rolando, Abel, Flávio, Manhiça, Bené e Nóbrega) e algumas jovens promessas muito talentosas (Pavão, Oliveira, Rodolfo e Lemos).


















Na foto, da esquerda para a direita: Rui, Bené, Armando Manhiça, Vieira Nunes, Rolando, Valdemar, Pavão, Gualter e Armando


Apesar disso, o campeonato não começou bem. Duas jornadas, três pontos desperdiçados, resultantes da derrota, nas Antas, frente ao Sporting (0-1), na primeira jornada e um empate (0-0), no Barreiro, frente ao Barreirense, na jornada seguinte.

Este tímido início não afectou porém a equipa, que logo a seguir se estreou fulgurantemente no seu compromisso europeu e logo perante uma das mais prestigiadas formações do futebol do Velho Continente, o FC Barcelona. Vitória nas Antas, por 3-1. O FC Porto saiu para os balneários a perder 0-1 e no regresso rubricou uma exibição de luxo que lhe proporcionaram três belos golos, marcados por Flávio (48') e por Abel (51' e 66'). Uma semana depois, em Camp Nou, os azuis e brancos voltaram a fazer história, com nova vitória (0-1), com mais um golo de Abel.

Entretanto, internamente as coisas continuavam mal encaminhadas, com cedência de pontos inesperados (empates com o Belenenses, em casa e Farense, fora; derrotas em Setúbal e na Luz, onde depois de estar a vencer por 0-2, permitiu o volte face, ainda que com o dedo do árbitro setubalense Ismael Baltasar). Assim, os azuis e brancos cedo ficaram arredados da luta pelo título, somando mais uma temporada de desilusões na, cada vez mais penosa, travessia do deserto.

O FC Porto não foi além do 4º lugar, com 30 jogos disputados, 15 vitórias, 7 empates, 8 derrotas, 56 golos marcados, 28 sofridos e 37 pontos, menos 1 que o V. Setúbal, menos 3 que o Belenenses e menos 21 que o Benfica.

Na Taça Uefa, depois da épica eliminação do Barcelona, o FC Porto eliminou o Bruggeois (vitória 3-0, nas Antas e derrota 3-2 em Bruges - Bélgica). A eliminação da prova veio a seguir, às mãos do Dínamo de Dresden, da RDA (derrotas, nas Antas 1-2 e em Dresden 1-0).

Na Taça de Portugal também foi afastado à terceira eliminatória (quartos-de-final), pelo Farense (derrota 1-0 em Faro). Antes linha afastado o Boavista (vitória 1-2, no Bessa) e o Beira-Mar (vitória 3-1, nas Antas).

Fernando Riera utilizou 30 atletas no conjunto das três provas em que o FC Porto esteve envolvido, num total de 39 jogos, aqui indicados por ordem decrescente da sua participação: Abel (39), Guedes (39), Pavão (35), Rolando (34), Celso (33), Rui (33), Flávio (32), Armando Manhiça (30), Ricardo (29), Oliveira (27), Gualter (21), Valdemar (19), Bené (16), Júlio (13), Malagueta (13), Rodolfo (13), Lemos (10), Herédia (7), Nóbrega (6), Armando (4), Ferreira da Costa (4), Rodrigo (4), Ronaldo (4), Vieira Nunes (4), Armando Luís (3), Tibi (3), Costa Almeida (2), Raul (2), Hélder Ernesto (1) e Ilídio (1).

UMA DAS EQUIPAS POSSÍVEIS DESSA ÉPOCA





















Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Guedes, Pavão, Valdemar, Rolando, Gualter e Rui; Pela mesma ordem, em baixo: Celso, Abel, Flávio, Oliveira e Malagueta.

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar, Fotobiografia do FC Porto, de Rui Guedes e Fascículos e Livro de Equipamentos com História do Jornal A Bola.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

DRAGÃO CATEDRÁTICO - SABIA QUE...
















...as três substituições, nos jogos oficiais de futebol, estão em vigor desde a temporada de 1995/96?


As regras constituem um elemento fundamental na organização de qualquer evento e a sua dinâmica um factor determinante na sua evolução.

Tem sido assim, ao longo dos tempos, também no desporto em geral e no futebol em particular.

No que diz respeito à regra das substituições de jogadores, durante um jogo oficial de futebol, é bom lembrarmos que foi sendo sucessivamente alterada para se adequar às exigências de cada momento.

Começou por não ser possível qualquer substituição, variou mais tarde para a substituição exclusiva do guarda-redes só em caso de lesão, depois só do guarda-redes em qualquer circunstância e só na temporada de 1967/68, a UEFA permitiu a substituição de dois atletas, independentemente de serem jogadores de campo ou guarda-redes. Esta regra só foi aplicada em Portugal na época seguinte.

A partir de 1994/95 o número de substituições possíveis num só jogo subiu para três, sendo que uma delas se destinava exclusivamente ao guarda-redes (2+1), passando em 1995/96 ao modelo actual (três substituições, independentemente da posição).

terça-feira, 23 de julho de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 70

ÉPOCA DE 1971/72

Na tentativa de terminar de vez com a travessia do deserto os responsáveis do FC Porto, voltaram a insuflar na sua massa adepta e seus simpatizantes, uma nova dose de esperanças, desejos e ambições. Desta vez não falhariam o principal objectivo. Era já uma frase feita das anteriores pré temporadas.

Na orientação técnica da equipa manteve-se o treinador da época anterior, António Teixeira, enquanto o plantel era reforçado com um ponta-de-lança, reputado internacional brasileiro, marcador de muitos golos, de seu nome Flávio. Correspondeu a um esforço financeiro significativo pois o seu passe custou uma pequena fortuna: 2375 contos.

Mas as esperanças rapidamente se transformaram em renovadas frustrações. Duas derrotas consecutivas nas Antas, a primeira contra o Benfica (1-3), a abrir o campeonato e frente aos franceses do Nantes (0-2), na primeira eliminatória da Taça Uefa, que acabaria por ditar a eliminação prematura da prova, face ao insuficiente empate (1-1), em França, duas semanas depois,  foram demasiadamente penalizadoras e marcantes para o resto da época.

A nau portista passou desde logo a navegar em mar encapelado, muito atribulado, com viagem caracterizada por muita instabilidade que ditaria a passagem pelo banco de, imagine-se, quatro (!) treinadores: António Teixeira, até Outubro de 1971; Artur Baeta, na 8ª jornada, jogada em 7 de Novembro; o brasileiro Paulo Amaral, até fins de Fevereiro; e finalmente António Feliciano até ao final da época.

O FC Porto acabou na 5ª posição de um campeonato alargado a 16 equipas. Em 30 jogos coleccionou apenas 13 vitórias,  empatou 7 vezes, perdeu 10, marcou 51 golos, sofreu 32 e somou 33 pontos, menos 4 que a Cuf, menos 10 que o Sporting, menos 12 que o V. Setúbal e menos 22 que o Benfica!

Na Taça de Portugal, jogada a uma mão, ainda conseguiu chegar até às meias-finais, onde foi eliminado pelo Benfica, no estádio da Luz, por 6-0. Antes tinha eliminado o Anadia, da III Divisão nacional (8-0, nas Antas); O Farense (3-1, nas Antas) e o Atlético (0-2, na Tapadinha).

Foram 23 os jogadores portistas que deram o seu contributo à equipa, no conjunto das três provas em que o FC Porto esteve presente, num total de 36 jogos, aqui indicados por ordem decrescente da sua utilização: Abel (36), Pavão (36), Rolando (34), Rui (33), Flávio (32), Gualter (32), Lemos (32), Valdemar (29), Ricardo (24), Leopoldo (22), Oliveira (20), Bené (18), Manhiça (16), Séninho (16), Nóbrega (14), Rodolfo (12), Vieira Nunes (11), Armando (4), Costa Almeida (4), Jacinto (4), Rodrigo (4), Júlio (3) e Ludgero (1).

UMA DAS EQUIPAS POSSÍVEIS DESSA ÉPOCA



















Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Armando Manhiça, Pavão, Leopoldo, Rolando, Gualter e Rui; Pela mesma ordem, em baixo: Ricardo, Bené, Nóbrega, Abel e Lemos

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar

segunda-feira, 22 de julho de 2013

GOLEADORES PORTISTAS Nº 13












ANTÓNIO SANTOS - Goleador Nº 13

Apontou 86 golos nos 125 jogos, a contar para as provas oficiais de carácter nacional, disputados durante as dez épocas ao serviço do FC Porto (1933 a 1942).

António da Costa dos Santos nasceu no dia 22 de Fevereiro de 1915, no Porto e começou a sua carreira de jogador de futebol nas escolas de formação do FC Porto, entrando para a equipa de juvenis aos 14 anos. Ascendeu à equipa sénior na temporada de 1932/33, tendo então alinhado em dois jogos do Campeonato Regional do Porto e apontado dois golos, sagrando-se Campeão Regional.






















Ponta de lança de grande qualidade, foi sempre um marcador de golos excepcional pelo engodo que tinha pela baliza e desde cedo um exemplar capitão de equipa. Para além dos 86 golos referidos neste trabalho,  António Santos foi figura de proa nos muitos golos que também apontou nas competições regionais, nomeadamente no Campeonato Regional, que então dava acesso às provas nacionais.

A sua estreia oficial, em provas de âmbito nacional, aconteceu no dia 17 de Fevereiro de 1935, na 5ª jornada da I Liga de 1934/35, jogada no Campo de Santo Amaro, em Lisboa, frente ao União de Lisboa, com vitória portista por 0-2, pela mão do então treinador Joseph Szabo.












Fez parte da selecção do Porto por várias vezes, nos jogos inter-cidades, na época muito em voga,  e participou em vários estágios da Selecção Nacional A, embora nunca lhe tenha sido dado a oportunidade de se tornar internacional.

Depois de terminada a carreira de futebolista, António Santos fez ainda parte da Direcção do Clube.

Palmarés ao serviço do FC Porto (4 títulos):
3 Campeonatos Nacionais (1934/35, 1938/39 e 1939/40)
1 Campeonato de Portugal (1936/37)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Figuras e Factos, de J. Tamagnini Barbosa e Manuel Dias

sábado, 20 de julho de 2013

PROGRAMA DE JOGOS PRÉ-ÉPOCA 2013/14













Esta temporada, o FC Porto escolheu para início de estágio, uma pequena e pacata vila da Holanda chamada Horst, que dispõe de todas as condições para a estadia ideal de uma equipa de campeões.

Estiveram concentrados 26 atletas: Os guarda-redes Helton, Fabiano e Kadú; os defesas Danilo, Maicon, Mangala, Abdoulaye, Otamendi, Alex Sandro, Diego Reys e Fucile; os médios Fernando, Castro, Defour, Carlos Eduardo, Herrera, Josué, Lucho Gonzales, Tiago Rodrigues e Izmaylov; e os avançados Kelvin, Iturbe, Varela, Jackson Martinez, Ghilas e Licá.























A estadia portista em terras holandesas contemplou dois jogos de preparação:

Quarta-feira, 10 de Julho - 17:30 h (de Portugal Continental)

MVV Maastricht 0 FC Porto 6
Marcadores: Varela (21'), Ghilas (23'), Castro (31'), Jackson (53'), Iturbe (65' gp) e Izmaylov (88')
Estádio Spouwen Mopertingen - Bélgica
Transmissão: Porto Canal





















Sábado, 13 de Julho - 19:30 h (de Portugal Continental)

O. Marselha 0 FC PORTO 3
Marcadores: Izmaylov (30'), Jackson (56') e Iturbe (76')
Estádio Tourbillon - Sion - Suíça
Transmissão: SportTv1





















Após este estágio em Horst e alguns dias em Portugal, a comitiva do FC Porto vai viajar para a Venezuela e depois para a Colômbia para disputar dois encontros:

Domingo, 21 de Julho - 23:00 h (de Portugal Continental)

Desportivo Anzoátegui - FC PORTO
Estádio José António Anzoátegui - Puerto da La Cruz - Venezuela
Transmissão: Porto Canal

Quinta-feira, 25 de Julho - 1:30 h (de Portugal Continental)

Milionários - FC PORTO
Estádio El Campín - Bogotá - Colômbia
Transmissão: Porto Canal


Já na cidade do Porto terá lugar, três dias mais tarde, a apresentação do plantel aos associados:

Domingo, 28 de Julho - A partir das 18:30 h

FC PORTO - Celta de Vigo
Estádio do Dragão
Inclui a cerimónia de apresentação do plantel aos associados
Transmissão: ?

Em Agosto, o FC Porto é um dos convidados da Emirates Cup, torneio de pré-temporada organizado pelo Arsenal de Londres que, para além da equipa anfitriã contará igualmente com as presenças de Nápoles e Galatasaray:

Sábado, 3 de Agosto - 14:00 h (de Portugal Continental)

Nápoles - FC PORTO
Estádio Emirates - Londres - Inglaterra
Transmissão: SportTv1

Domingo, 4 de Agosto - 14:00 h (de Portugal Continental)

Galatasaray - FC PORTO
Estádio Emirates - Londres - Inglaterra
Transmissão: SportTv1


Fonte: Site oficial do FC Porto

sexta-feira, 19 de julho de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 70

ÉPOCA 1970/71

Nova época, vida nova! Esquecia-se o passado, renovavam-se as esperanças e ambições. Era o pulsar do mundo portista, que depois da pior época de sempre, respondeu de forma arrasadora ao fervor clubista, aumentando, em apenas dois meses, mais de 10.000 novos associados, resultado de uma campanha de angariação de novos sócios e permissão da reentrada, sem jóia, de alguns desistentes, levada a cabo pela Direcção presidida por Afonso Pinto de Magalhães.

O plantel foi alvo de renovação com as entradas de jogadores como, Armando (guarda-redes), Armando Manhiça, Bené, Abel, Lemos, Joaquinzinho e Manuel Duarte. No comando técnico ficou o ex-adjunto António Teixeira.

Limitados ao Campeonato e Taça de Portugal, os azuis e brancos entraram a perder em Faro, vencendo os dois jogos seguintes. Depois, novos contratempos: dois empates consecutivos. O primeiro surpreendente, nas Antas contra o Barreirense (2-2) e o outro, na Luz, pelo mesmo resultado, mas com Lemos a apontar os dois golos portistas.

Em Novembro, com 11 jornadas disputadas, o FC Porto somava já 4 derrotas, a última das quais frente ao Sporting, em Alvalade, fruto de uma arbitragem polémica, de um tal César Correia, de Faro. Depois encetou uma recuperação, que teve o seu momento mais significativo na recepção ao Benfica, em 31 de Janeiro de 1971. 

A equipa do regime foi «esmagada» por uns claros 4-0, com todos os golos a serem marcados por Lemos, que já se mostrara na Luz. Este episódio pode ser recordado em pormenor no post que editei em 4 de Maio de 2010, intitulado «A TARDE AZUL DE LEMOS».

Na 19ª jornada a equipa portista continuava na luta pelo título, a apenas dois pontos do Sporting, mas a derrota no Barreiro, frente à Cuf, a 4 jornadas do fim, em mais uma arbitragem encomendada, curiosamente ou talvez não, com César Correia, protagonista de novo, onde não faltou a expulsão de Lemos, deixou o FC Porto a três pontos da dupla lisboeta (SLB+SCP) e praticamente arredado da discussão. Na jornada seguinte venceu nas Antas o Sporting, oferecendo de bandeja o título ao clube do regime. Os azuis e brancos acabaram o campeonato na 3ª posição, com 26 jogos, 16 vitórias, 5 empates, 5 derrotas, 44 golos marcados, 21 sofridos e 37 pontos, menos 1 que o segundo (Sporting) e menos 4 que o 1º.

Depois de perdido o campeonato começou a disputa da Taça de Portugal. O sorteio designou como primeiro adversário, precisamente a Cuf, nas Antas. Goleada por 5-1 e passaporte carimbado para a eliminatória seguinte para defrontar, também nas Antas o Ferroviário. Nova goleada, desta vez por 4-1 e qualificação para os quartos-de-final. O sorteio colocou no caminho azul e branco o Vitória de Setúbal, numa eliminatória a ser decidida em duas mãos. O desempenho portista deixou muito a desejar, deixando-se surpreender, em pleno estádio das Antas, com derrota comprometedora por 0-1. Na segunda mão o FC Porto não foi além de um empate (1-1), com os golos a surgirem nos últimos minutos da partida.

António Teixeira utilizou 22 jogadores nas duas provas, aqui indicados por ordem decrescente da sua utilização: Abel (30), Armando Manhiça (30), Bené (30), Custódio Pinto (30), Pavão (30), Rolando (27), Gualter (26), Nóbrega (26), Lemos (25), Rui (23), Ricardo (22), Valdemar (21), Vieira Nunes (10), Leopoldo (9), Armando (9), Joaquinzinho (6), Chico Gordo (3), Eduardo Gomes (3), Hélder Ernesto (2), Manuel Duarte (2), Oliveira (1) e Seninho (1).

UMA DAS EQUIPAS POSSÍVEIS DESSA ÉPOCA





















Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Vítor Hugo (massagista), Rui, Vieira Nunes, Rolando, Valdemar, Armando Manhiça, Pavão, Gualter, Armando e António Teixeira (treinador); Em baixo, pela mesma ordem: Abel, Lemos, Custódio Pinto, Bené, Nóbrega e Chico Gordo.

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Fascículos do Jornal A Bola