segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

ENTRAR A DOMINAR, TREMER E GANHAR

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Foi mais um jogo estranho o que o FC Porto efectuou no relvado da Mata Real. Entrou pujante, dominador, dinâmico e a criar boas oportunidades de golo. Fez trinta minutos muito agradáveis onde apenas falhou na eficácia. Conseguiu a vantagem no marcador, por Otamendi, relativamente cedo e denotou vontade de ampliar. Sapunaru esteve perto de inaugurar o marcador e depois Falcao e Hulk desperdiçaram boas ocasiões. 

Os castores conseguiram equilibrar o jogo a meio-campo no quarto de hora seguinte, até ao intervalo.

No segundo tempo, tudo se alterou. Falcao ficou nos balneários, dando o lugar a Walter. O Paços de Ferreira partiu então para cima dos azuis e brancos, criando muitas dificuldades e boas ocasiões para marcar. Porém, a ineficácia pacense e a redrobada atenção de Helton foram evitando que o marcador sofresse alterações.

O FC Porto entrara irreconhecível e assim se manteria durante toda a segunda parte, a definir mal as acções ofensivas, a perder passes atrás de passes, no miolo do campo e a dar espaços incompreensíveis junto da sua área. Foi um sufoco! Belluschi foi o rei dos passes falhados e só surpreende ter sido substituído já no tempo de compensação! Que desastroso! Hulk e Walter mostraram-se incapazes de ultrapassar a defensiva contrária, perdendo lances por puro egoísmo. Enfim, uma lástima.

Foi já no tempo extra que o FC Porto consolidou a vitória dando uma expressão ao marcador que roça a injustiça.

O árbitro Artur Soares Dias, que tinha perdoado uma grande penalidade cometida por Filipe Anunciação sobre Hulk, assinalou uma outra, bastante polémica, a castigar uma eventual mão na bola de um defensor pacense, após uma bomba de Guarín, na marcação de um livre directo, cuja sensação é de a bola ter sido desviada, não pela mão (ou braços), mas pela bota levantada ao nível do joelho, do defensor da equipa da casa. As imagens da TV não são totalmente esclarecedoras. Hukl não falhou e, quatro minutos depois, arrancou imparável sob a esquerda, cruzou para o coração da área, onde Walter pleno de oportunidade, apareceu para tocar para as redes. Estava ultrapassado um verdadeiro bico de obra.

Realce para a qualidade portista dos primeiros trinta minutos e dos quatro minutos finais do tempo extra. Helton foi para mim o melhor jogador portista.

O FC Porto termina o ano com mais uma vitória, alargando para 36 o número de jogos de invencibilidade e recuperando a vantagem de oito pontos para o segundo classificado.

Nesta altura da época, mantém intactas todas as ambições e objectivos traçados para a época.

3 comentários:

  1. Entrada forte do F.C.Porto, ritmo alto - baixou a partir dos vinte minutos -, boa dinâmica, domínio total, um golo e várias oportunidades desperdiçadas, duas flagrantes, por Falcao e Hulk. Foi assim, de forma resumida, a primeira-parte, com o Paços a espevitar apenas nos últimos dez minutos, mas sem criar grandes problemas a Helton.

    Na etapa complementar, tudo foi diferente. Com Walter no lugar de Falcao - lesionado -, as coisas complicaram-se, o líder desapareceu, o Paços acreditou, cresceu, cresceu, o F.C.Porto sofreu - valeu Helton - e só marcou no fim do jogo, contra a corrente do jogo e quando nada tinha feito para justificar uma vantagem tão dilatada.
    Tudo somado, vitória justa do Dragão, por números exagerados, numa primeira-parte boa e uma segunda fraquinha...

    Um abraço

    ResponderEliminar
  2. Já começam a ser uma rotina estas exibições intermitentes do FC Porto, o que não augura boa coisa.
    Ontem fomos felizes, andamos sobre o arame e quase nos esquecemos que o jogo poderia ter terminado na sua primeira meia hora. Ou Villas-Boas debela a mazela que limita a equipa em partes do jogo ou a vida pode começar a andar para trás...
    O melhor é esquecer que temos oito pontos (9) de vantagem sobre o segundo e pensar que temos um a menos do que o 1º. Talvez, assim, houvesse o estímulo que parece estar a escassear...

    ResponderEliminar
  3. Não foi o nosso melhor jogo, de longe. Arrisco até afirmar que foi dos piores desta época, mas conseguimos segurar a vitória e mais, nos últimos minutos conseguimos transformar uma exibição mediana num jogo com um bom resultado.

    Terminámos assim o ano de 2010: inconvencíveis à 36 jogos. Trinta e seis jogos disputados e em nenhum deles conhecemos o sabor da derrota. Magnífico!

    Um abraço.

    ResponderEliminar